CRAVO E CANELA
domingo, 25 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
VOLTAR
DEPOIS DE MUITO TEMPO AFASTADA......ESTOU DE VOLTA.......
VOLTEI PARA APRENDER,PARA QUESTIONAR,PARA DESABAFAR,PARA FALAR BESTEIRA,PARA ENCONTRAR O QUE NÃO SEI O QUE AINDA QUERO ENCONTRAR....
VAMOS LÁ..
UM GRANDE ABRAÇO AO LEITOR
GABRIELA
VOLTEI PARA APRENDER,PARA QUESTIONAR,PARA DESABAFAR,PARA FALAR BESTEIRA,PARA ENCONTRAR O QUE NÃO SEI O QUE AINDA QUERO ENCONTRAR....
VAMOS LÁ..
UM GRANDE ABRAÇO AO LEITOR
GABRIELA
terça-feira, 19 de junho de 2012
BRASIL,O QUE PENSAR DE VOCÊ?
MEU AMIGOS,
GOSTARIA DA AJUDA DE VOCÊS.
DEPOIS DE MUITO ANALISAR ESTA IMAGEM E DE TODO O PASSADO E POSSÍVEL FUTURO DAS PESSOAS INCLUÍDAS,EU FIQUEI COM UMA DÚVIDA.
EU MANDO O BRASIL SE FUDER AGORA OU EU AINDA DEVO ESPERAR ?
GRATA
GABI
GOSTARIA DA AJUDA DE VOCÊS.
DEPOIS DE MUITO ANALISAR ESTA IMAGEM E DE TODO O PASSADO E POSSÍVEL FUTURO DAS PESSOAS INCLUÍDAS,EU FIQUEI COM UMA DÚVIDA.
EU MANDO O BRASIL SE FUDER AGORA OU EU AINDA DEVO ESPERAR ?
GRATA
GABI
quarta-feira, 2 de maio de 2012
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Clarice Lispector - Há Momentos
"Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre."
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre."
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Seg, 21 de Novembro de 2011.
CORREIO BRAZILIENSE
Por que não julgar a ADPF 54?
DEBORA DINIZ
DEBORA DINIZ
Professora da Universidade de Brasília (UNB) e pesquisadora da Anis (Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero)
Uma história Severina é um documentário que acompanha a gestação mais longa do Supremo Tribunal Federal. O filme conta a história de Severina, uma agricultora pobre de Chã Grande, cidade do brejo pernambucano. Severina já era mãe de Valmir e casada com Rosilvado quando se descobriu grávida de um feto com anencefalia. Severina não acreditou no primeiro médico que anunciou a inviabilidade do feto e repetiu os exames sem que ele soubesse. Guardou a ultrassonografia com a imagem do feto “sem cérebro”, que seu marido descreve com a precisão de um especialista. Convencida do diagnóstico, decidiu interromper a gestação.
Havia uma liminar do STF que autorizava a antecipação do parto em caso de anencefalia no feto. Era o dia 20 de outubro de 2004.Na mesma tarde em que Severina chegou ao hospital, o STF se reunia para julgar o mérito da ação apresentada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde, a ADPF (Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental) nº 54. Algo mudou no STF, e Severina foi informada de que deveria voltar para casa e buscar uma autorização do juiz local. Segundo ela, ainda “seria preciso uma autorização da delegacia das mulheres”, um sinal do estado de perdição em que se encontrava. Durante quatro meses, Severina peregrinou por hospitais, delegacias e cortes em busca de um fim para o luto que a dominava. Decidida a antecipar o parto, com sete meses de gestação e uma autorização judicial, enfrentou ainda a objeção de consciência dos médicos anestesistas do hospital público em que foi atendida. Eles se recusaram a cumprir a medida judicial por convicções religiosas.
Severina não entendeu por que se submeteu a um parto natural sem que cuidassem das dores que sentia. Viveu o pós-parto ao lado de outras mulheres que amamentavam seus recém-nascidos.O feto nasceu morto. Foi enterrado em uma cova que Severina desconhece. Dele, guardou uma foto no caixão, tirada pela sogra instantes antes do enterro. Assim como as imagens do necrotério ou do enterro, Severina conheceu os ministros que decidiram sua vida no documentário que leva o seu nome. Ouviu a música cortante de Mocinha de Passira (“os homens de toga e de batina não quiseram parar o movimento”), e se reconheceu nos traços de J. Borges, cujas xilogravuras marcam os interlúdios do filme.
Como todas as pessoas que assistem ao filme, Severina se espantou com as imagens. Mas, diferente de outras audiências, Severina não gritou ao ouvir um dos ministros sentenciar que “o sofrimento em si não é alguma coisa que degrade a dignidade humana” e, em seguida, votar pela cassação da liminar. Severina chorou. Seu marido encerrou o filme convencido de que “qualquer pessoa vai sentir alguma coisa ao assistir este filme. Basta ser humano”.Nestes últimos sete anos tenho feito o teste de humanidade sugerido por Rosivaldo a quem assiste a Uma História Severina.
Há duas semanas, o filme foi discutido na Faculdade de Direito da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, em uma sessão intitulada Interpretando o aborto. A audiência era de professores e estudantes de direito. Na próxima semana o filme vai ser discutido na Faculdade de Medicina da Universidade de Kazan, no Tartaristão, com uma plateia internacional de especialistas em saúde. Já foi exibido na Índia entre feministas, na Bolívia entre especialistas em cinema, no México entre militantes de direitos humanos, na França e no Egito, em festivais e eventos acadêmicos. Em todos os lugares, plateias tão diferentes se indignam com a abstração da lei e se emocionam com a concretude de Severina. Elas me comprovam a tese da humanidade compartilhada proposta por Rosivaldo. Basta conhecer Severina e sua dor para se emocionar com o filme.
Ele nos chama a atenção para a humanidade das mulheres que, por alguma razão, o STF ignora.A ação de anencefalia foi proposta por uma confederação sindical de mais de um milhão de associados. Entre os pedidos da ação, está o reconhecimento do direito à saúde, à autonomia da vontade e à dignidade da vida humana às mulheres que se veem obrigadas a se manter grávidas, mesmo após o diagnóstico da inviabilidade fetal. Um feto com anencefalia não sobreviverá ao parto. Não é verdade que há casos de crianças com anencefalia. O feto não resiste ao parto ou morre instantes após a expulsão do útero. Uma ação jurídica sobre direitos fundamentais não pode se mover por mentiras ou falsidades científicas. É consenso na comunidade científica que a anencefalia é incompatível com a vida. Exatamente por essa certeza é que o argumento da tortura acompanhou a ação de anencefalia: obrigar uma mulher a se manter grávida contra a sua vontade deveria se comparar a um ato de tortura do Estado. A ação não postula o dever do aborto, apenas reconhece o caráter inalienável do direito de escolha em um tema tão íntimo às mulheres.Severina não é uma tese jurídica. Tampouco um experimento fílmico. Severina é uma mulher concreta como milhares de outras no Brasil que dependem da legalidade do aborto para realizá-lo em condições seguras. Enquanto esperam a decisão do STF, as mulheres buscam advogados, defensores, juízes e promotores para interromper a gestação. Algumas conseguem a autorização, outras são proibidas. Além do luto no próprio corpo, elas se intimidam com as cortes. Todos os anos, Severina procura saber se os juízes já decidiram a ação de anencefalia. Tristemente, respondo “ainda não”. Ela insiste em conhecer as razões. Nos primeiros anos, me desdobrava em traduzir os itinerários jurídicos, as audiências públicas, outras ações que provocam a questão da anencefalia, como foi a Adin de células-tronco. Mas tudo se foi. As audiências públicas já informaram os ministros sobre ciência, religião e direitos humanos, a pesquisa com células-tronco foi aprovada, a suprema corte está de novo com seus onze ministros. Como Severina, só me resta perguntar ao STF: por que não julgar a ADPF 54?
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Arguição de descumprimento de preceito fundamental=(ADPF).
ADPF54:protocolada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, questiona a ilegalidade da interrupção voluntária da gravidez em fetos anencéfalos. Ainda não foi julgada.
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DOCUMENTÁRIO COMPLETO:UMA HISTÓRIA SEVERINA
quarta-feira, 8 de junho de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Petrópolis - região serrana do Estado do Rio de Janeiro
Fazenda do Córrego Seco, adquirida por D. Pedro I e transformada em povoação por D. Pedro II em 16 de março de 1843. Desenho sem data
FOTOS ANTIGAS DA REGIÃO:
http://picasaweb.google.com/agpbia/PetrPolisNoTempoDaVov
FOTOS ANTIGAS DA REGIÃO:
http://picasaweb.google.com/agpbia/PetrPolisNoTempoDaVov
terça-feira, 12 de abril de 2011
sexta-feira, 4 de março de 2011
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Artigo:
A afiada Guilhotina da Polícia Federal
(Archimedes Marques)
A somação dos atos criminosos praticados pelo travestido de polícia, pelo falso policial, pelo policial bandido, pelo traidor da polícia, por aquele cidadão que não honra a sua farda, que não tem orgulho do seu distintivo, além de abrir chagas no seio de toda a instituição policial é, sem sombras de dúvidas, o mais sério e grave problema existente no âmbito da segurança pública, vez que o policial é acima de tudo o guardião das leis penais e real protetor da ordem pública.
A Polícia da Cidade Maravilhosa que tinha caído nos braços do povo brasileiro, reconquistando o apoio popular amplo, geral e irrestrito, quando da ocupação do complexo do Alemão e de tantos outros morros e localidades subseqüentes então dominadas pelos bandidos, desestabilizando em muito o tráfico de drogas não só dessa cidade, como também no próprio país em decorrência do enfraquecimento das facções criminosas, de repente caiu no descrédito, entrou na mesma vala dos criminosos diversos, a partir da Operação Guilhotina desencadeada pela Polícia Federal aliada à Corregedoria da Secretaria da Segurança Publica do Rio de Janeiro. A troca de informações entre os serviços de inteligência dessas instituições fez o fiel da balança para o sucesso das investigações.
As duas forças policiais do Estado do Rio de Janeiro que são compostas na sua grande maioria de verdadeiros heróis abnegados e que a duras penas trabalham honrando o seu mister, apesar dos salários irrisórios que percebem, agora também passam a pagar pelos atos insanos e criminosos praticados pelos seus componentes corruptos e criminosos.
Realmente sérios e incalculáveis danos foram causados à boa imagem dos policiais dignos e heróis, bravos guerreiros do Rio de Janeiro. Não só as suas corporações e instituições foram gravemente atingidas, mas também a polícia brasileira como um todo, pois de tudo o nosso conceito popular voltou a fedentina, voltamos na concepção de boa parte da população brasileira a fazer parte do excremento, do lixo da sociedade em igual posição aos marginais da vida que tanto combatemos.
É deprimente ver um Delegado da Polícia Civil, uma Autoridade policial até então conceituada, sair da posição de destaque que usufruía perante a opinião pública, além de sempre endeusado por grande parte da imprensa, para a condição de preso, e o pior, com a existência de situações muito sérias que o envolve.
Deprimente de igual modo é ver dezenas de policiais civis e militares, serem presos por envolvimento com a corrupção e com o crime generalizado.
A Operação Guilhotina foi iniciada a partir de um inquérito policial presidido pela Delegacia de Armas da Polícia Federal, instaurado com o objetivo de descobrir supostas relações promíscuas entre policiais civis e militares com traficantes, envolvendo vendas de armas e drogas, além das constantes extorsões e corrupções praticadas por tais agentes da força pública. Com o desenrolar da apuração, novos fatos foram aparecendo e grupos distintos passaram a ser investigados por diferentes práticas criminosas.
Ao que parece a investigação está recheada de provas técnicas que não deixa dúvidas da participação dos suspeitos, especialmente por conta de conversas telefônicas gravadas por ordem judicial, razão pela qual a Polícia Federal representou e foram concedidos pela Justiça Criminal do Rio de Janeiro, 45 mandados de prisão preventiva, sendo 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares, além de 48 mandados de busca e apreensão em residências ou locais diversos.
Consta que o Complexo do Alemão, após muitos traficantes serem expulsos da localidade no fim do ano passado pelas forças de segurança, virou a menina dos olhos dos travestidos de Polícia. Segundo a investigação, o chamado "espólio de guerra", ou seja, armas, munição, drogas, dinheiro e objetos apreendidos dos criminosos que dominavam o conjunto de favelas virou alvo de cobiça. Boa parte do material apreendido passou a ser revendido pelos corruptos policiais a diversos traficantes de outras comunidades.
As investigações indicam que alguns policiais trataram a ocupação do Complexo do Alemão como uma espécie de Serra Pelada, em alusão a região localizada no Estado do Pará famosa pela corrida ao ouro nos anos 80. E assim, muitas escavações foram feitas por diversos policiais nos fundos das casas dos traficantes ou locais estratégicos no intuito de se achar o “ouro”, ou tesouro escondido.
Como uma bola de neve, outras tantas podridões de crimes diversos e desvios de condutas foram emergindo do passado e do presente e crescendo para piorar ainda mais a participação de muitos dos investigados. Voltaram a aflorar a questão das máquinas caça-níqueis, das milícias, dos ágios e taxas indevidas cobradas a moradores e comerciantes, da desova de corpos, enfim, da corrupção generalizada que campeia forte entre os travestidos de policia com os criminosos em geral.
No íntimo, na vergonha ultrajada, sinto a real comprovação de que o travestido de polícia está na força pública para extorquir, roubar, matar, prevaricar e sempre se proteger atrás do seu distintivo, fazendo dos bons o seu escudo e dividindo com os honestos as críticas pelos seus atos insanos.
A ação da Guilhotina da Policia Federal ficará marcada para sempre nos anais da história policial brasileira, como das principais operações e investigações visando o corte da própria carne já realizada, por isso não posso deixar de expressar o meu contentamento, parabenizando a todos pelo sucesso da investigação e o meu místico de tristeza em ver mais uma vez a Polícia sendo achincalhada aos quatro cantos do Brasil por conta das ações indignas e insanas dos travestidos de Policia, que um dia serão riscados de vez do nosso meio.
Autor: Archimedes Marques (Delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela UFS) – archimedesmarques@infonet.com.br - archimedes-marques@bol.com.br
(Archimedes Marques)
A somação dos atos criminosos praticados pelo travestido de polícia, pelo falso policial, pelo policial bandido, pelo traidor da polícia, por aquele cidadão que não honra a sua farda, que não tem orgulho do seu distintivo, além de abrir chagas no seio de toda a instituição policial é, sem sombras de dúvidas, o mais sério e grave problema existente no âmbito da segurança pública, vez que o policial é acima de tudo o guardião das leis penais e real protetor da ordem pública.
A Polícia da Cidade Maravilhosa que tinha caído nos braços do povo brasileiro, reconquistando o apoio popular amplo, geral e irrestrito, quando da ocupação do complexo do Alemão e de tantos outros morros e localidades subseqüentes então dominadas pelos bandidos, desestabilizando em muito o tráfico de drogas não só dessa cidade, como também no próprio país em decorrência do enfraquecimento das facções criminosas, de repente caiu no descrédito, entrou na mesma vala dos criminosos diversos, a partir da Operação Guilhotina desencadeada pela Polícia Federal aliada à Corregedoria da Secretaria da Segurança Publica do Rio de Janeiro. A troca de informações entre os serviços de inteligência dessas instituições fez o fiel da balança para o sucesso das investigações.
As duas forças policiais do Estado do Rio de Janeiro que são compostas na sua grande maioria de verdadeiros heróis abnegados e que a duras penas trabalham honrando o seu mister, apesar dos salários irrisórios que percebem, agora também passam a pagar pelos atos insanos e criminosos praticados pelos seus componentes corruptos e criminosos.
Realmente sérios e incalculáveis danos foram causados à boa imagem dos policiais dignos e heróis, bravos guerreiros do Rio de Janeiro. Não só as suas corporações e instituições foram gravemente atingidas, mas também a polícia brasileira como um todo, pois de tudo o nosso conceito popular voltou a fedentina, voltamos na concepção de boa parte da população brasileira a fazer parte do excremento, do lixo da sociedade em igual posição aos marginais da vida que tanto combatemos.
É deprimente ver um Delegado da Polícia Civil, uma Autoridade policial até então conceituada, sair da posição de destaque que usufruía perante a opinião pública, além de sempre endeusado por grande parte da imprensa, para a condição de preso, e o pior, com a existência de situações muito sérias que o envolve.
Deprimente de igual modo é ver dezenas de policiais civis e militares, serem presos por envolvimento com a corrupção e com o crime generalizado.
A Operação Guilhotina foi iniciada a partir de um inquérito policial presidido pela Delegacia de Armas da Polícia Federal, instaurado com o objetivo de descobrir supostas relações promíscuas entre policiais civis e militares com traficantes, envolvendo vendas de armas e drogas, além das constantes extorsões e corrupções praticadas por tais agentes da força pública. Com o desenrolar da apuração, novos fatos foram aparecendo e grupos distintos passaram a ser investigados por diferentes práticas criminosas.
Ao que parece a investigação está recheada de provas técnicas que não deixa dúvidas da participação dos suspeitos, especialmente por conta de conversas telefônicas gravadas por ordem judicial, razão pela qual a Polícia Federal representou e foram concedidos pela Justiça Criminal do Rio de Janeiro, 45 mandados de prisão preventiva, sendo 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares, além de 48 mandados de busca e apreensão em residências ou locais diversos.
Consta que o Complexo do Alemão, após muitos traficantes serem expulsos da localidade no fim do ano passado pelas forças de segurança, virou a menina dos olhos dos travestidos de Polícia. Segundo a investigação, o chamado "espólio de guerra", ou seja, armas, munição, drogas, dinheiro e objetos apreendidos dos criminosos que dominavam o conjunto de favelas virou alvo de cobiça. Boa parte do material apreendido passou a ser revendido pelos corruptos policiais a diversos traficantes de outras comunidades.
As investigações indicam que alguns policiais trataram a ocupação do Complexo do Alemão como uma espécie de Serra Pelada, em alusão a região localizada no Estado do Pará famosa pela corrida ao ouro nos anos 80. E assim, muitas escavações foram feitas por diversos policiais nos fundos das casas dos traficantes ou locais estratégicos no intuito de se achar o “ouro”, ou tesouro escondido.
Como uma bola de neve, outras tantas podridões de crimes diversos e desvios de condutas foram emergindo do passado e do presente e crescendo para piorar ainda mais a participação de muitos dos investigados. Voltaram a aflorar a questão das máquinas caça-níqueis, das milícias, dos ágios e taxas indevidas cobradas a moradores e comerciantes, da desova de corpos, enfim, da corrupção generalizada que campeia forte entre os travestidos de policia com os criminosos em geral.
No íntimo, na vergonha ultrajada, sinto a real comprovação de que o travestido de polícia está na força pública para extorquir, roubar, matar, prevaricar e sempre se proteger atrás do seu distintivo, fazendo dos bons o seu escudo e dividindo com os honestos as críticas pelos seus atos insanos.
A ação da Guilhotina da Policia Federal ficará marcada para sempre nos anais da história policial brasileira, como das principais operações e investigações visando o corte da própria carne já realizada, por isso não posso deixar de expressar o meu contentamento, parabenizando a todos pelo sucesso da investigação e o meu místico de tristeza em ver mais uma vez a Polícia sendo achincalhada aos quatro cantos do Brasil por conta das ações indignas e insanas dos travestidos de Policia, que um dia serão riscados de vez do nosso meio.
Autor: Archimedes Marques (Delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela UFS) – archimedesmarques@infonet.com.br - archimedes-marques@bol.com.br
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Fumaça Radioativa
A indústria do tabaco sabe há décadas como remover isótopo perigoso dos cigarros, mas se omite. Agora, o governo americano pode forçar uma mudança de comportamento nesta área. No Brasil mortes por tabagismo somam 552 vítimas a cada dia.
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Texto na íntegra:SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL
http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/fumaca_radioativa.html
Texto na íntegra:SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL
http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/fumaca_radioativa.html
Quem tem medo da laicidade?
"O arcebispo de Brasília, dom João Braz de Aviz, espera que a presidente Dilma explique suas convicções religiosas para que o diálogo político possa progredir. De minha parte, não preciso conhecer a fé religiosa de nossa presidente para acreditar na democracia. Ainda diferente de dom João, estou certa de que, se o ex-presidente Lula se apresentou como homem de fé e homem de Estado, a atual presidente poderá ir além: melhor será se somente conhecermos a mulher de Estado."
Debora Diniz*
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*Debora Diniz é professora da Universidade de Brasília e pesquisadora da ANIS
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
*Debora Diniz é professora da Universidade de Brasília e pesquisadora da ANIS
domingo, 19 de dezembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
Conclusões preocupantes no encerramento da Reunião Técnico-Científica sobre o Aborto Medicamentoso no Brasil
Grupos de defesa dos direitos sexuais e reprodutivos devem buscar novas estratégias.
***
trecho:
.... A professora e especialista em enfermagem psiquiátrica e saúde pública, Marta Lúcia de Oliveira Carvalho, expôs dados levantados a partir de pesquisas sobre o uso do misoprostol e a ética dos profissionais de saúde e se posicionou frente ao contexto restritivo dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres no Brasil: “As regulamentações da ANVISA jogam as mulheres no contrabando. Acho um ataque à capacidade de decisão e autonomia da mulher de decidir sobre sua própria vida e sobre seu corpo. A medicina, que prima pela tecnologia, quando se trata de aborto no Brasil, parece medieval”.....link para leitura completa:
Petrus Alphonsi*
"As riquezas deste mundo são transitórias como os sonhos de um homem que dorme e,ao despertar,perde,irremediavelmente,tudo quanto tinha."
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*Escritor e astrônomo espanhol
sábado, 20 de novembro de 2010
Pense sobre.....
Vida Sintética e Ética
Técnicas de manipulação genética estimulam novas discussões jurídicas
A experiência de criação em laboratório de “vida sintética” inevitavelmente iniciou discussões sobre desdobramentos éticos e jurídicos. A equipe de Craig Venter, partindo do arquivo eletrônico com a descrição do sequenciamento do genoma de uma bactéria, reproduziu-o com bases químicas, inserindo-o numa célula de outra bactéria, da qual extraíram previamente o DNA. O ser assim gerado se desenvolveu e se reproduziu.Essa experiência deve se repetir com animais mais complexos, como mamíferos e, evidentemente, o ser humano. Conhecido o sequenciamento do genoma de uma pessoa qualquer – digamos, Albert Einstein –, será possível aglutinar em laboratório timinas, adeninas, guaninas e citosinas rigorosamente na mesma ordem, implantá-las numa célula reprodutiva humana sem DNA, transpô-las ao útero de uma mulher e aguardar que o ciclo natural da gestação cuide do resto. Einstein renascerá? Não é possível ter certeza disso, pois ainda são inconclusas as discussões sobre a extensão da influência do meio sobre o desenvolvimento da personalidade. Quer dizer, se o bebê não for amado ou desamado na mesma forma que foi o pequeno Albert, na Alemanha do último quarto do século 19, é quase certo que terá perfil psicológico diferente. Além disso, será uma pessoa nascida em outro tempo e lugar, com outra história. É provável, assim, que se frustrem as expectativas depositadas no futuro desempenho intelectual do rebento. O temor dessa variante de clonagem é injustificado. Se certa memória da história de cada um de nós se imprime, de algum modo, em nossas timinas e demais bases químicas do DNA, a pessoa gerada a partir da reprodução do mesmo esquema de sequenciamento de genoma de outra não transportará essa memória, as a eventualmente contida nas bases empregadas pelos cientistas. Outro uso da técnica objeto do experimento é que deve preocupar as discussões éticas e jurídicas. Se com as pesquisas genômicas descobrirmos como desenhar em computador um ser humano ideal, inapto a desenvolver as doenças conhecidas de origem genética, será possível à medicina curar esses males desde o início. O casal com propensão a gerar filhos com determinada doença poderia contratar os serviços de uma clínica de fertilização que ajustaria o sequenciamento das células reprodutivas ao projeto ideal de ser humano, eliminando o risco. Aqui reside a questão crucial, de ordem ética e jurídica. Deve a lei reconhecer aos casais que desejam ter apenas filhos saudáveis o direito de utilizar essa técnica? Sendo a saúde apenas uma de muitas características portáveis por nós, a questão se abre igualmente a uma gama imensa de possibilidades – tipo de inteligência, compleição física etc. Essa discussão interessa apenas a quem não crê num Deus criador e ordenador. Aqueles que acreditam ter o homem, com essa conquista científica, definitivamente avançado o sinal e afrontado a vontade divina não necessitam do aclaramento da dúvida ética ou jurídica. Basta-lhes a crença para inibi-los a utilizar a técnica, ao gerarem seus filhos. A discussão deve ser contextualizada, assim, numa questão filosófica altamente complexa e, por isso mesmo, constantemente evitada: a de quanto a atual sociedade democrática enfraquece a espécie humana. A seleção natural é, evidentemente, o processo de supremacia do mais forte, do mais apto a relacionar-se com o meio ambiente. A cultura liberta o ser humano dessa cruel imposição da seleção natural. Permite à espécie humana, após longo processo civilizatório, integrar também membros desafortunados, portadores de limitações físicas ou mentais. Mas, ao desafiar o princípio básico da seleção natural, dando chance de viver e se reproduzir a todos os homens e mulheres, e não somente aos mais aptos, a cultura acaba envolvendo a espécie humana numa estratégia arriscada. A discussão é altamente complexa e constantemente evitada, porque pode resvalar em execráveis postulações de controle da “pureza” da espécie humana. Não é disso que se trata. A sociedade democrática deve continuar a abrigar todos os homens e mulheres, sem qualquer distinção, em vista da plena igualdade de dignidade que cada um de nós carrega. Mas, sem abrir mão desse valor fundamental, conquistado a duras penas, talvez não devamos deixar de nos preocupar com a pertinência das estratégias adotadas enquanto espécie em evolução. A técnica prometida por aquele experimento pode atender à delicadíssima questão evitando-se as limitações na origem. O ser humano caminha para ter nas mãos o controle da evolução. Assim como deverá, um dia, de controlar a evolução da própria espécie, poderá também submeter à mesma lógica a das demais. Os dois vetores tendem a se desenvolver simultaneamente. O processo de evolução das espécies, que hoje designamos como “seleção natural”, corre o risco de se transformar em algo próximo ao que poderíamos deduzir da expressão “seleção cultural”. Isto só aumenta a já enorme responsabilidade do Homo sapiens.
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ARTIGO: Fábio Ulhoa Coelho é jurista e professor da PUC-SP
ARTIGO: Fábio Ulhoa Coelho é jurista e professor da PUC-SP
Em busca de uma Polícia verdadeiramente cidadã
Em busca de uma Polícia verdadeiramente cidadã
(*Archimedes Marques)
Vários fatores contribuem para o aumento desenfreado da violência e criminalidade no nosso país que traduz a crescente sensação de insegurança existente, contudo, o ponto nefrálgico de cobrança do povo em geral, é sempre a Polícia.Realmente parece ser a Polícia a única responsável pela segurança da população, mas não é. Em verdade, apenas tem a instituição policial a função mais árdua de todas, porque atua na prevenção e na repressão ao crime, na garimpagem de criminosos e na execução da lei penal, a fim de torná-la efetiva ao exigir o seu cumprimento objetivando auxiliar a Justiça penal a solucionar os diversos conflitos inerentes. A nossa Carta Magna vigente estabelece que a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, assim, como pode ser percebido, a chamada Constituição cidadã, alicerçada no binômio direito e responsabilidade, embora imputando ao Estado o encargo principal, chama a população à co-participação para tão importante situação. Atualmente, porém, é lugar comum a atribuição de culpa exclusiva ao Estado, mais de perto à Polícia, pela situação vexatória na qual nos encontramos. Fala-se sempre no direito à segurança, o que é correto, mas nunca na responsabilidade de todos no que tange ao tema. Aqui, mais uma vez, o pensamento liberal parece ser reinante, pois o direito é alardeado, enquanto a responsabilidade, esquecida. Além da responsabilidade esquecida, para complicar ainda mais a situação, o povo generaliza que a Polícia é ineficiente, corrupta e corruptível, que todo policial é ignorante, arbitrário e irresponsável, quando na verdade, de uma maneira geral, tais entendimentos não passam de pensamentos ilógicos e insensatos, pois a Polícia também evoluiu com o tempo, não estagnou como continuam em teimar com tais concepções retrógradas.A questão da violência policial de outrora que ultrapassaram todos os limites dos direitos do cidadão quando da ditadura militar que assolou o país por muito tempo, trouxe pechas marcantes e desagradáveis para a Polícia atual, pois daí nasceu o estigma da expressão polícia-repressão que foi passando de geração até os nossos dias. Repressão esta que não era em sentido de reprimir o crime e sim como sinônimo das atrocidades que ocorriam nos porões dos departamentos policiais, através das práticas de tortura e até desaparecimento de opositores ao regime do governo ditatorial. Pessoas não criminosas, e sim revoltosas, quedaram violentadas nos seus direitos fundamentais nas mãos da polícia ditatorial, da polícia-repressora, que ao invés de ser o órgão de conservação e garantidor da paz e da tranqüilidade pública, na verdade era o braço humano utilizado pelo governo nessas práticas covardes. Esta espécie de tatuagem ideológica ainda não fora removida da mentalidade do nosso povo. Diminuída, humilhada, submetida, à polícia só restaram as críticas, as denúncias, as desconfianças, os despojos, o lixo proveniente das duas décadas do golpe militar.O conjunto das regras que garante a segurança e a ordem que rege os atributos da Polícia se confundem com esses problemas citados e cria os preceitos verdadeiros de que vivemos uma atividade desprezada, uma função incompreendida, uma trajetória ilógica, uma vida atropelada dentro de uma classe tão humilhada.Repensar esses conceitos irracionais é resgatar o próprio bem estar da coletividade. É lutar para que haja uma maior união e interatividade entre o povo e a sua Polícia. É sonhar que um dia haja a confiança do cidadão nas ações da sua Polícia. É ter esperança que em breve a sociedade possa ter a Polícia como sua amiga, como sua aliada no combate ao crime e no cumprimento das leis.A Polícia cidadã, acima de tudo, é a guardiã da sociedade e da cidadania. No seu cotidiano o policial investiga, protege o bem, combate o mal, gerencia crises, aconselha, dirime conflitos, evita o crime, faz a paz e regula as relações sociais. O policial é também o sustentáculo das leis penais e deve seguir sempre o princípio primordial de jamais colocar as conveniências da sua carreira acima da sua trajetória moral.Entendemos então que a Polícia cidadã que nasceu com a atual Constituição e ainda não se firmou apesar de mais de duas décadas de existência e tentativa, é o elo de boas ações que estabelece um sincronismo entre o seu labor direcionado verdadeiramente a serviço da comunidade.Concluímos assim, que remediando esses males elencados, com a ajuda e a conscientização de todos os segmentos possíveis, teremos então uma Polícia verdadeiramente cidadã saída da teoria para a prática, que por certo alcançará os seus objetivos com mais presença para oferecer uma conseqüente melhor segurança pública para a sociedade.
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*Delegado de Polícia no Estado de Sergipe, Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela UFS. archimedes-marques@bol.com.br
*Delegado de Polícia no Estado de Sergipe, Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela UFS. archimedes-marques@bol.com.br
Valor Econômico - Por Lilian Gallagher
Por que o brasileiro gosta tanto de investir diretamente nos bancos?
Valor Econômico - 10/11/10 por Lilian Gallagher
Há alguns anos acompanho a indústria de fundos de investimento e percebi que bancos se fundem, novas empresas gestoras de recursos chegam ao mercado, mas nada de realmente significativo muda no mapa de ranqueamento disponível no site da Anbima com relação ao “market share” das três maiores gestoras de recursos do país. De acordo com dados divulgados, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco juntos detêm sempre perto dos 50% desse mercado. Para ser mais precisa, esse volume atingiu 50,1% no fim de agosto. Sempre me pergunto o porquê de o brasileiro agir assim. Afinal, quando estamos com um problema de coração, procuramos um cardiologista. Se temos problemas na pele, um dermatologista, e assim por diante. Ou seja, estamos sempre buscando especialistas. Daí vem minha inquietação: por que os brasileiros investem em fundos de investimento geridos por instituições generalistas e não por especialistas, no caso as empresas de gestão de recursos independentes? A indústria de fundos de investimento é muito grande e já supera R$ 1,5 trilhão. Um trilhão de reais é um valor um tanto grande para nos fazer parar alguns instantes para refletir sobre esse mercado. A tabela da Anbima mostra que as oito maiores gestoras de fundos são responsáveis por 74,9% desse mercado, ou R$ 1.122,8 bilhão sob gestão. São todas ligadas a bancos ou o próprio banco. Apenas em nono lugar aparece a BNY Mellon Arx. Finalmente alguém independente no Brasil. Ufa! Depois de tanto refletir e do “feedback” recebido de alunos e investidores, cheguei a algumas conclusões. Em primeiro lugar, e pela experiência que tenho em lidar com investidores, percebi que muitos deles não têm o correto entendimento do papel de cada participante do mercado de capitais. O que faz uma corretora? O que é uma distribuidora, uma asset ou um agente autônomo de investimentos? De repente, com o modismo dos IPOs, alguns já entendem que para comprar ações na bolsa, só por intermédio de uma corretora. Entretanto, sei que diversos investidores de bolsa se utilizam de bancos para comprar ações. Nada contra o fato, porém faço aqui uma ressalva. Muitos se utilizam de instituições que não têm corretora e esses bancos terceirizam o serviço, recebendo parte da corretagem gerada. Acredito que os clientes devem ter assinado algum documento tomando ciência do fato, mas, pela minha experiência em sala de aula e ouvindo investidores, muitos deles não se dão conta disso. O problema não está em usar o serviço de terceiros, mas sim em não saber que está utilizando o serviço de uma corretora que não faz parte do grupo do banco. Também, por não compreenderem corretamente que um fundo de investimento encontra-se apartado do banco, sendo um condomínio de pessoas com objetivos comuns de investimento e com demonstrativos financeiros a parte, a percepção que esses clientes têm sobre o produto “fundos” é que o risco que correm ao aplicar em um fundo de investimento é o risco do banco. Em outras palavras, ao investir em um fundo, muitos investidores acreditam que estão investindo no banco. Posso falar com muita clareza sobre esse tema porque treino executivos do mercado financeiro para as provas de certificação. Se nem mesmo muitos gerentes de bancos têm essa compreensão clara sobre fundos, que dirá os clientes, que, na sua maioria, aplicam sem ler o prospecto do fundo.
Toda essa questão passa por educação financeira.
Por já ter morado no exterior e trabalhado com o mercado internacional, vejo que estamos engatinhando nesse campo minado de gestão de recursos. Ainda temos uma longa caminhada até atingirmos a maturidade de ambos os participantes: investidores e profissionais. Mas tenho certeza de que estamos no caminho certo desse amadurecimento. De um lado temos as exigências dos órgãos reguladores em termos das certificações exigidas dos profissionais. Do outro lado, temos investidores cada vez mais informados. Oxalá tudo dê certo no longo prazo (tomara que não seja tão longo!) e vejamos mais investidores aplicando seus recursos nas assets especialistas através de seus distribuidores. Se uma dor no coração nos remete ao cardiologista, por que não buscar fundos geridos por assets especialistas para realizar um investimento?
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Doença de Chagas
Pessoas afetadas por doenças de Chagas de diversas partes do mundo se reuniram em Olinda e formalizaram hoje a criação da Federação Internacional das Pessoas com Doença de Chagas. A mobilização tem como objetivo garantir direitos dos pacientes com a doença de Chagas, como o acesso a diagnóstico e tratamento. Hoje só no Brasil existem cerca de três milhões de indivíduos infectados. No mundo, são mais de 15 milhões.
A doença de Chagas faz parte da lista de doenças consideradas negligenciadas, ao lado de outras como malária, leishmaniose, tuberculose e hanseníase. As duas únicas medicações para o tratamento da doença foram desenvolvidas há mais de 40 anos e causam muitos efeitos adversos.
“Com a criação da Federação, a integração de todos os pacientes e portadores da doença deixa de ser um mito e se torna uma realidade. Essa organização coletiva dentro da sociedade civil permite um novo posicionamento frente aos médicos e aos governos e fortalece nossa luta por padronização do diagnóstico, por novos medicamentos e contra a discrminação”, disse José da Silva, representante da associação UNICHAGAS, da Venezuela.
A Federação, organizada com o apoio da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), tem um papel fundamental dentro do contexto que vem sendo desenhado pela doença nos últimos anos. Antes de caráter eminentemente rural e local, a doença de Chagas, hoje passa a ser também urbana e global.
O boliviano Manuel Gutierrez, por exemplo, só descobriu estar infectado após o nascimento de seu primeiro filho, na Espanha, onde mora atualmente. Após a detecção da doença na criança, ele e a mulher fizeram exames que também deram resultados positivos. De acordo com o coordenador do Programa de Vigilância e Controle da doença de Chagas da Organização Mundial de Saúde (OMS), Pedro Albajar, casos de Doença de Chagas já foram detectados em 17 países da Europa, uma região não endêmica.
No entanto, apesar dessa mudança, ela continua sendo uma doença associada à pobreza. “Quando falamos de doenças negligenciadas, estamos falando na verdade de populações negligenciadas”, disse Albajar. “Existe um ciclo de silêncio que precisa ser quebrado em relação a essas doenças e para isso a mobilização dos pacientes é fundamental, pois durante muito tempo médicos e organizações falaram por eles. Com a federação eles podem ter uma voz própria.”
Para Amélia Bispo Nascimento dos Santos, portadora de Chagas e presidente da Associação dos Chagásicos – São Paulo (ACHAGRASP), a federação é importante para dar visibilidade ao problema. “A dor é nossa, então quem tem que lutar é a gente. Não tem que ter vergonha de nada nem ficar esperando que alguém venha ajudar ”, disse. “Eu espero que com a federação a gente consiga mais visibilidade e que nossos sofrimentos deixem de existir no futuro”.
No Brasil – A característica da doença no Brasil também mudou nos últimos tempos. Se no passado a maior incidência era no nordeste, hoje os surtos ocorrem principalmente na Amazônia Legal. Também existe no país infecção por meio de alimentos contaminados, como caldo de cana e açaí. Nesses casos, os insetos são moídos juntamente com os alimentos e ingeridos pelo paciente.
Sobre a doença - A doença de Chagas ou Tripanossomíase Americana é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Ela apresenta uma fase aguda que muitas vezes não pode ser identificada. Se não for tratada precocemente, evolui para problemas crônicos, em geral no coração e no sistema digestivo. Os nomes da doença e do protozoário são homenagens aos cientistas brasileiros Carlos Chagas e Oswaldo Cruz.
A doença de Chagas faz parte da lista de doenças consideradas negligenciadas, ao lado de outras como malária, leishmaniose, tuberculose e hanseníase. As duas únicas medicações para o tratamento da doença foram desenvolvidas há mais de 40 anos e causam muitos efeitos adversos.
“Com a criação da Federação, a integração de todos os pacientes e portadores da doença deixa de ser um mito e se torna uma realidade. Essa organização coletiva dentro da sociedade civil permite um novo posicionamento frente aos médicos e aos governos e fortalece nossa luta por padronização do diagnóstico, por novos medicamentos e contra a discrminação”, disse José da Silva, representante da associação UNICHAGAS, da Venezuela.
A Federação, organizada com o apoio da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), tem um papel fundamental dentro do contexto que vem sendo desenhado pela doença nos últimos anos. Antes de caráter eminentemente rural e local, a doença de Chagas, hoje passa a ser também urbana e global.
O boliviano Manuel Gutierrez, por exemplo, só descobriu estar infectado após o nascimento de seu primeiro filho, na Espanha, onde mora atualmente. Após a detecção da doença na criança, ele e a mulher fizeram exames que também deram resultados positivos. De acordo com o coordenador do Programa de Vigilância e Controle da doença de Chagas da Organização Mundial de Saúde (OMS), Pedro Albajar, casos de Doença de Chagas já foram detectados em 17 países da Europa, uma região não endêmica.
No entanto, apesar dessa mudança, ela continua sendo uma doença associada à pobreza. “Quando falamos de doenças negligenciadas, estamos falando na verdade de populações negligenciadas”, disse Albajar. “Existe um ciclo de silêncio que precisa ser quebrado em relação a essas doenças e para isso a mobilização dos pacientes é fundamental, pois durante muito tempo médicos e organizações falaram por eles. Com a federação eles podem ter uma voz própria.”
Para Amélia Bispo Nascimento dos Santos, portadora de Chagas e presidente da Associação dos Chagásicos – São Paulo (ACHAGRASP), a federação é importante para dar visibilidade ao problema. “A dor é nossa, então quem tem que lutar é a gente. Não tem que ter vergonha de nada nem ficar esperando que alguém venha ajudar ”, disse. “Eu espero que com a federação a gente consiga mais visibilidade e que nossos sofrimentos deixem de existir no futuro”.
No Brasil – A característica da doença no Brasil também mudou nos últimos tempos. Se no passado a maior incidência era no nordeste, hoje os surtos ocorrem principalmente na Amazônia Legal. Também existe no país infecção por meio de alimentos contaminados, como caldo de cana e açaí. Nesses casos, os insetos são moídos juntamente com os alimentos e ingeridos pelo paciente.
Sobre a doença - A doença de Chagas ou Tripanossomíase Americana é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Ela apresenta uma fase aguda que muitas vezes não pode ser identificada. Se não for tratada precocemente, evolui para problemas crônicos, em geral no coração e no sistema digestivo. Os nomes da doença e do protozoário são homenagens aos cientistas brasileiros Carlos Chagas e Oswaldo Cruz.
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fonte:MSF - http://www.msf.org.br/
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Por: Saulo Prado
Ego em preto e branco
Hoje resolvi escrever para mim, revelar-me como sou, e gritar para minha alma todas
as verdades deste meu mundo sem pudor, quero perde-me nas palavras sem medo, e
em cada letra revelar um novo segredo, Fui criança que cresceu mimada, longe da
dor das palmadas, fiz da minha vida o meu circo, e de palhaço também fui o
bicho, e neste meu picadeiro de louco aprendiz, sempre uma nova telespectadora
foi a atriz.
Brinquei sempre com todas as emoções, sem me preocupar com as dores dos corações, de Rei virei plebeu, e foi assim que meu sonho se perdeu, a única voz que sempre
escutei foi a da minha consciência, mas ela acreditava em minha inocência. Por
isso hoje me declaro culpado, por todos os meus erros do meu passado, mas sei
também que sempre tive uma esperança, de encontrar alguém que me reconheça
criança.
Uma mulher; para me amar e ser amada, e que eu possa chamar de eterna namorada, mas por enquanto me resta a caminhar, e por meu caminho a minha culpa arrastar, mas
vou sem deixar pegadas, pois tenho medo do fica na estrada, nada que deixa
rastro é feliz, por que o que fica é cicatriz. Eu sei que já me perdi há muito
tempo, mas mesmo assim eu sigo este vento, que me sopra para este deserto, onde
o que é tolo fica esperto.
E neste meu texto de reflexão, quero tirar alguma explicação, para toda esta
minha redundância, de encarar a vida sem medos da circunstância, e se mesmo
assim eu nada entender, eu não irei para de escrever, quero ser conduzido por
estas palavras, mesmo elas me guiando por rotas apertadas, e quando eu
conseguir chegar ao final só quero ter a certeza; que meu bem venceu o meu
mal...
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Por:Saulo Prado
Hoje resolvi escrever para mim, revelar-me como sou, e gritar para minha alma todas
as verdades deste meu mundo sem pudor, quero perde-me nas palavras sem medo, e
em cada letra revelar um novo segredo, Fui criança que cresceu mimada, longe da
dor das palmadas, fiz da minha vida o meu circo, e de palhaço também fui o
bicho, e neste meu picadeiro de louco aprendiz, sempre uma nova telespectadora
foi a atriz.
Brinquei sempre com todas as emoções, sem me preocupar com as dores dos corações, de Rei virei plebeu, e foi assim que meu sonho se perdeu, a única voz que sempre
escutei foi a da minha consciência, mas ela acreditava em minha inocência. Por
isso hoje me declaro culpado, por todos os meus erros do meu passado, mas sei
também que sempre tive uma esperança, de encontrar alguém que me reconheça
criança.
Uma mulher; para me amar e ser amada, e que eu possa chamar de eterna namorada, mas por enquanto me resta a caminhar, e por meu caminho a minha culpa arrastar, mas
vou sem deixar pegadas, pois tenho medo do fica na estrada, nada que deixa
rastro é feliz, por que o que fica é cicatriz. Eu sei que já me perdi há muito
tempo, mas mesmo assim eu sigo este vento, que me sopra para este deserto, onde
o que é tolo fica esperto.
E neste meu texto de reflexão, quero tirar alguma explicação, para toda esta
minha redundância, de encarar a vida sem medos da circunstância, e se mesmo
assim eu nada entender, eu não irei para de escrever, quero ser conduzido por
estas palavras, mesmo elas me guiando por rotas apertadas, e quando eu
conseguir chegar ao final só quero ter a certeza; que meu bem venceu o meu
mal...
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Por:Saulo Prado
sábado, 23 de outubro de 2010
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