sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Victor Hugo

DESEJO
Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.
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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Abortos seletivos podem deixar 24 milhões de chineses solteiros até 2020

O desequilíbrio demográfico na China, país onde os abortos seletivos são frequentes para evitar o nascimento de meninas, corre o risco de criar um excedente de 24 milhões de homens em 2020, alerta um estudo oficial citado nesta segunda-feira pela imprensa.
"Os abortos seletivos continuam sendo muito frequentes, sobretudo nas zonas rurais", da China, que conta atualmente com 1,3 bilhão de habitantes, indicaram uma série de pesquisas publicadas pela Academia de Ciências Sociais da China, citadas pelo jornal Global Times.
As famílias que vivem da agricultura preferem ter filhos homens por motivos tradicionais e econômicos: já que a maior parte da população não pode contar com um sistema de aposentadoria e proteção social, a maior parte da população idosa depende dos filhos para sobreviver. Assim, os casais preferem ter filhos, já que as filhas vão morar com a família do marido depois do casamento.
Assim, o desnível de gêneros na China, que era de 108 homens para 100 mulheres em 1982, saltou para 119 homens para 100 mulheres, de acordo com dados da Comissão de Planejamento Familiar.
A tendência se acentuou com a facilitação do acesso a tecnologias modernas de exames pré-natais, que permitem identificar o sexo do embrião - embora, na teoria, a equipe médica não tenha autorização para revelar esta informação aos futuros pais, justamente para evitar um eventual aborto.
Em algumas áreas do país, o desequilíbrio chega a 130 homens para cada 100 mulheres, segundo um recente relatório publicado pelo jornal Mirror.
As autoridades estimam que uma proporção saudável entre gêneros normal seja de 103 a 107 homens para cada 100 mulheres.
Desde o fim dos anos 70, as autoridades chineses mantêm uma rígida política de controle de natalidade, para evitar o crescimento exponencial da população. Esta política, no entanto, limita a autorização de nascimentos a um filho por casal; há, no entanto, algumas exceções no campo e em regiões habitadas por minorias étnicas.
Segundo um pesquisador da Academia de Ciências Sociais, os principais prejudicados por esse desequilíbrio demográfico são homens de renda mais baixa.
A enorme dificuldade para encontrar uma esposa em algumas regiões já provoca fenômenos preocupantes, como sequestros em países limítrofes, assim como o aumento do número de mulheres obrigadas a se casar ou a se prostituir.
Segundo um dos pesquisadores citados, Wang Yuesheng, muitos homens das regiões mais pobres do país correm o risco de permanecer solteiros por toda a vida, o que pode causar "uma ruptura das linhagens familiares".
"As chances de encontrar esposa é rara no campo para homens de mais de 40 anos, que serão mais dependentes dos seguros sociais, pois terão menos recursos para sobreviver", alertou.
Fonte:(AFP)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Artigo:O CRACK que não é um vivo CRAQUE.

Estamos em aguda e profunda crise urbana e social relacionada ao crack, essa droga avassaladora, aniquiladora e mortal que vem fazendo vítimas e mais vítimas diariamente em todo canto do nosso País.
O crack trás a morte em vida do seu usuário, arruína a vida dos seus familiares, aumenta a criminalidade onde se instala, degrada e mata mais do que todas as outras drogas juntas.
De poder sobrenatural o crack pode viciar o usuário já na sua primeira ou segunda experiência e o que vem depois é a tragédia certa. Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas. Relatos dos seus usuários e familiares, fatos policias diários e opiniões de especialistas sobre os efeitos e as conseqüências nefastas da droga podem ser resumidos em três palavras tão básicas quanto contundentes: sofrimento, degradação e morte.
A composição química do crack é simplesmente horripilante e estarrecedora. A partir da pasta base das folhas da coca acrescentam-se outros produtos altamente nocivos a qualquer ser vivo, tais como: ácido sulfúrico, querosene ou solvente e a cal virgem, que ao serem processados e misturados se transformam numa pasta endurecida homogênea de cor branco caramelizada onde se concentra mais ou menos 50% de cocaína, ou seja, meio à meio cocaína com os outros produtos altamente nocivos citados. A droga é fumada pura, misturada num cigarro comum ou num cigarro de maconha que recebe a denominação de “bazuca”.
A fumaça altamente tóxica do crack é rapidamente absorvida pela mucosa pulmonar excitando o sistema nervoso, causando inicialmente euforia e aumento de energia ao usuário, com isso advém, a diminuição do sono e do apetite com a conseqüente perda de peso bastante rápida e expressiva.
Logo os efeitos nefastos biológicos aparecem para os seus usuários, tais como: aceleração ou diminuição do ritmo cardíaco, dilação da pupila, elevação ou diminuição da pressão sanguínea, calafrios, náuseas, vômitos, convulsão, parada respiratória, coma ou parada cardíaca, infarto, doença hepática e pulmonar, hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC).
Além disso, para os fracos e debilitados usuários sobreviventes, ao longo do uso da droga, há perda dos seus dentes, pois o ácido sulfúrico que faz parte da composição química do produto assim trata de furar, corroer e destruir a sua dentição. O crack também causa a destruição dos neurônios e provoca a degeneração dos músculos do corpo do seu usuário, fenômeno esse conhecido na medicina como rabdomiólise, o que dá aquela aparência esquelética ao indivíduo com ossos da face salientes, pernas e braços finos e costelas aparentes.
O crack é tão perigoso que até o próprio traficante que tem consciência desse perigo, de tal droga não faz uso. Dificilmente e raramente um traficante usa o crack o que não ocorre com os outros tipos de drogas em que muitos deles também as utilizam em consumo próprio.
A disseminação do crack é constante e diariamente prende os menos avisados assim como uma teia de aranha para as suas presas, transformando as suas vítimas em verdadeiros mortos-vivos a perambular pelo submundo da sociedade.
Pesquisando junto às opiniões dos médicos e especialistas em tratamento dos drogados conclui-se que realmente estamos perante uma epidemia, porque há um número explosivo de casos nos últimos três anos. Antes era uma raridade, havia nas unidades hospitalares especializadas 90% de outras dependências e 10% de crack. Hoje há o contrário. É unânime o conceito dos especialistas em afirmarem categoricamente que o crack é uma droga diferente das outras, muito mais severa e contundente. Não há outra droga que produza um declínio físico e mental maior para o viciado quanto o crack.
Segundo estudos realizados por especialistas na área, as dificuldades para o tratamento dos viciados em crack também são imensas, por isso, a grande preocupação das autoridades ligadas ao tema da intensa problemática. É preciso de extrema força de vontade do próprio viciado para poder se livrar desse malefício infernal.
A conscientização e o investimento em massa na área da educação, na prevenção, com aulas, palestras, seminários e um convívio mais profundo e dialogado no seio da sociedade especialmente entre pais e filhos, poderá livrar-nos dessa epidemia. Não podemos achar que a polícia ou a medicina resolverão os problemas, que, muitas vezes, se iniciam nos lares, escolas e outros lugares de convivência, principalmente dos jovens, mais expostos, por vários motivos, à atração do mundo das drogas.
No País do futebol precisamos sempre formar mais e mais competentes e excelentes atletas craques da bola, do esporte e não incompetentes e debilitados cracks desta droga satânica.
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Autor: Archimedes Marques (delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela UFS) – archimedesmarques@infonet.com.br - archimedes-marques@bol.com.br

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Frase que li, em um adesivo traseiro de carro, no centro do Rio....

"Se você não tem competência para um bom golpe,seja honesto."

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Não haverá clima para aprovar projeto que descriminaliza o aborto?


OS PARLAMENTARES BRASILEIROS MANDAM UM RECADINHO PARA TODAS AS MULHERES DESTE PAÍS, EM ESPECIAL, PARA AS QUE SOFREM NO DIA-A-DIA,POR FALTA DE SERIEDADE POLÍTICA VOLTADA À SAÚDE PÚBLICA DA MULHER:
ENTRE O SIM E O NÃO,OPTE PELO FODA-SE!!!!!!!!

Bando safado de covardes!
Não reeleja ninguém!!!!!!!!
Gabriela
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Aborto ficará fora da pauta do Congresso em 2010

Calendário eleitoral define que o tema, considerado espinhoso e polêmico, seja adiado para outro momento

Discussão recorrente na Câmara e Senado, a proposta de descriminalização do aborto ficará fora de debate no Congresso neste ano. A aproximação do calendário eleitoral fez os parlamentares sinalizarem o recuo do tema, considerado espinhoso e delicado aos futuros candidatos. Dos 19 projetos em tramitação nas duas Casas sobre aborto, não há qualquer previsão de votações em plenário ou comissões. A maior parte dos autores e relatores já antecipou que, se depender deles, as matérias ficarão engavetadas.
É o caso do deputado José Genoíno (PT-SP). No início do ano passado, o petista protocolou na secretaria-geral da Mesa Diretora um recurso para que o projeto de lei 1135/91, que foi derrotado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e prevê a descriminalização do aborto, seja apreciado pelo plenário. Na justificativa, o petista usou o regimento interno, e alegou que a matéria não poderia ser sumariamente arquivada, uma vez que contava com outros projetos apensados.
Procurado pela reportagem, Genoíno apresentou uma argumentação mais cautelosa e amena sobre o assunto. Segundo ele, não haverá “clima” para discussão neste ano e a falta de interesse dos colegas deverá dificultar ainda mais a apreciação em plenário. “Ainda há muito conservadorismo quando se discute o aborto. Em ano eleitoral, o cenário fica ainda mais complicado. Certamente será mais conveniente e fácil construir um acordo em outro momento”, disse o parlamentar.
Genoíno recolheu 67 assinaturas para protocolar o recurso na Mesa Diretora. Segundo interlocutores, vários parlamentares manifestaram a intenção em retirar as assinaturas após tomar conhecimento de que a votação para a apreciação é nominal. O risco de chocar com o eleitorado em plano eleitoral fez os deputados confirmarem a posição de recuo sobre a discussão da descriminalização do aborto.

“Bolsa estupro”
Representante da ala contrária à descriminalização do aborto, o deputado Henrique Afonso (PV-AC) também deixa claro a preferência em adiar as discussões sobre o tema durante 2010. O parlamentar é co-autor do projeto 1763/2007, que está parado na Comissão de Seguridade Social e prevê a criação de uma ajuda financeira de um salário mínimo para a criança gerada a partir de um estupro, até os 18 anos, caso a mãe decida ir adiante da gravidez.
A proposta sofreu duras críticas, entre elas do deputado Genoíno. Mesmo com o clima de debate e enfrentamento, Henrique Afonso é taxativo e também defende que o projeto volte à discussão num momento mais oportuno. O deputado também faz menção direta ao calendário eleitoral “Acho que antes de entrar na pauta de votação seja preciso realizar pelo menos duas audiências públicas. Mas o ano eleitoral deverá dificultar o calendário da câmara. Não tenho expectativas que a proposta volta a tramitar antes disso”, argumenta.
O relator do projeto também vê atrasos para a discussão do projeto ainda neste ano. José Linhares (PP-CE), que não chegou a apresentar o parecer sobre a matéria, alegou que com a alteração da presidência da Comissão, prevista para a retomada dos trabalhos legislativos, o projeto poderá continuar engavetado. Entretanto, ele não manifestou a intenção em permanecer na relatoria. “Tudo vai depender da decisão da nova presidência. E obviamente, das prioridades da comissão. Ainda não há consenso para colocar o projeto em pauta”, disse o relator da matéria.
Consulta parlamentar
Embora relatores e autores de projetos relativos ao aborto manifestem abertamente a preferência em adiar a discussão sobre o tema em 2010, o confronto de opiniões no Congresso demonstra que a maior parte dos deputados e senadores é contrária à descriminalização do aborto no país.
De acordo com a pesquisa encomendada pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), mais da metade dos parlamentares entrevistados são contrários a qualquer mudança na legislação do aborto. O levantamento, publicado no fim do ano passado, mostra ainda que 57% dos congressistas é contrário a qualquer tentativa de mudança na lei para permitir a interrupção da gravidez.
Segundo a pesquisa, 15% dos parlamentares rejeitam a prática do aborto em qualquer situação, inclusive estupro ou risco de morte para a mãe ou o feto. Apenas 1% acha que a legislação deve ser ampliada, de maneira que a interrupção voluntária de gravidez seja permitida em determinados casos. Já aqueles que apoiam a ampliação irrestrita da lei são 18%, enquanto 8% não souberam opinar
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Por:congressoemfoco.com.br

Gandhi e Goethe


Opinião interessante:A ditadura dos Direitos Humanos

"O Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), decretado a 21 de dezembro pelo presidente Lula é um acinte “jamais antes produzido neste país”. Quando propõe a controlar os meios de comunicação, a produção agrícola, os planos de saúde, os sindicatos, a igreja e revolver os atos da ditadura, a peça, de 75 páginas, levanta uma verdadeira legião de adversários na sociedade e dentro do próprio governo. Ministros militares e civis ameaçam se demitir e setores ameaçados já se preparam para recorrer à justiça. Se o tal plano tiver força para vingar, sem qualquer dúvida, provocará uma hecatombe nacional.O presidente Lula só conseguiu eleger-se para o Planalto na quarta tentativa. Um dos motivos dessa demora foi o medo da sociedade ao seu possível radicalismo. A sua prática de governo demonstrou não haver razão para o temor, habilmente explorado pelos adversários. Os dois mandatos foram tão mornos e sem sal nem açúcar, que muitos afirmam serem continuidade da política de FHC. E o governo já parte para o final, com essa característica de conciliador e desenvolvimentista, jamais o radical que setores conservadores temiam devido à sua origem operária e popular.Lula fez coisas inimagináveis como pagar a divida externa, zerar o debito com o FMI e ainda emprestar dinheiro àquele organismo ao qual sempre o Brasil deveu, e engolir verdadeiros sapos quando correligionários cometeram grandes besteiras dentro do governo. Foi hábil para enfrentar as tormentas e hoje desfrutar de invejáveis índices de popularidade.Os próximos dias serão de agitação nos bastidores palacianos. O PNDH aparece com um dique que já sangra e ameaça romper, liberando todo aquele radicalismo que se temia de Lula, até agora não ocorrido. Suas propostas batem de encontro a pilares já estabelecidos pela democracia brasileira, que são inegociáveis e só poderiam ser removidos através da ruptura institucional, hoje completamente fora de cogitação tanto no plano da política interna quanto da externa. Não há mais lugar para ditaduras, governos ditos “fortes” ou coisas do gênero.Da mesma forma que encontrou boas desculpas para uma série de patacoadas cometidas no seio do governo, o melhor que Lula tem a fazer agora é, novamente, dizer que “não sabia de nada” e deixar o dito pelo não dito. Ou terá muita dificuldade para convencer a sociedade da necessidade de controlar os meios de comunicação, de que há benefícios na complacência com o MST e outros invasores de terra, há interesse nacional em legalizar a profissão de prostituta, entre outras coisas igualmente explosivas. Também terá a árdua tarefa de convencer os militares – inclusive seus ministros – de que é do interesse nacional reabrir a caça às bruxas da ditadura, dando atestado de torturador e levando aos tribunais aqueles que agiram na repressão em nome do governo de então, e deixando passar impunes os do outro lado que, em nome de uma resistência louca e ilegal para a época, sequestraram, roubaram e mataram. Isso seria jogar a anistia na lata do lixo, quando o que precisamos e manter a paz. Felizmente, hoje não temos o mesmo quadro político de 1964. Mas o PNDH tem a mesma feição das teses que o presidente João Goulart defendeu durante o fatídico Comício da Central do Brasil... E deu onde deu... "
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Por:Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente e dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

Pesquisa:cimento ósseo aprimora tratamentos da coluna para pacientes com osteoporose

A vertebroplastia, procedimento para reforçar ossos fraturados por vezes considerado desnecessário, pode ser revolucionada por um novo material.Repouso ou cimento ósseo? A polêmica continua


Quando a dor é demasiada para quem sofre de fraturas na coluna por causa da osteoporose, geralmente há duas opções: repouso na cama (frequentemente combinado com uma cinta de proteção e analgésicos) ou um procedimento controverso conhecido como vertebroplastia, que envolve injeções de cimento ósseo. Na vertebroplastia o cirurgião utiliza uma agulha oca para injetar uma substância semelhante a um cimento, em geral polimetil-metacrilato (metacrilato de metila) ou PMMA, em todas as rachaduras ou fraturas encontradas na coluna vertebral. Embora a osteoporose enfraqueça os ossos do corpo todo, a vertebroplastia é utilizada exclusivamente para o tratamento de problemas na coluna. O cirurgião usará também um fluoroscópio, que é composto por um aparelho de raios X e uma tela fluorescente, para monitorar a localização da agulha no interior do corpo e garantir que o selante seja injetado no local adequado. Ambas as abordagens para reduzir a dor decorrente de fraturas vertebrais por compressão, uma condição que afeta cerca de 1,4 milhão de pessoas no mundo – sendo mais da metade dos casos nos Estados Unidos – têm seus críticos e simpatizantes. Os defensores do repouso observam que as fraturas na maioria dos pacientes curam sem necessidade de qualquer tipo de procedimento médico, embora isso possa levar várias semanas. Consideram a vertebroplastia um tratamento no mínimo desnecessário e que pode na verdade enfraquecer o osso em torno da região tratada com o cimento. Dois estudos publicados no New England Journal of Medicine (NEJM) apoiam esse ponto de vista, destacando que participantes de um estudo tratados com vertebroplastia não sentiam menos dor que participantes que receberam um tratamento placebo, em que nenhum cimento ósseo foi injetado na coluna.Em um dos estudos, 131 pacientes que sofriam de fraturas vertebrais osteoporóticas por compressão passaram por uma vertebroplastia ou a simulação desse procedimento, onde o cimento ósseo não foi efetivamente utilizado. Para surpresa dos pesquisadores, os dois grupos de pacientes apresentaram melhora imediata após o procedimento. “Minha impressão é que a vertebroplastia está sendo usada em demasia agora”, observa David Kallmes, professor do departamento de radiologia da Clínica Mayo, que participou do estudo, embora ele acrescente que também realiza o procedimento. Uma das suas preocupações, baseada num estudo realizado pela Clínica Mayo em 2006, é que as vértebras adjacentes às fraturas tratadas com cimento ósseo tendem a fraturar significativamente mais cedo do que as vértebras mais afastadas.Outros se preocupam com o uso do PMMA, plástico transparente que também é um ingrediente do Plexiglas e Lucite em acrílico (vidros acrílicos comumente usados como substitutos inquebráveis para o vidro), utilizado para fazer as superfícies de banheiras, pias e peças conjugadas de banheira e chuveiro, entre outras coisas. Embora complicações em vertebroplastias sejam extremamente raras, há o perigo de vazamento do cimento para fora da área vertebral causando infecção, hemorragia, dormência e outros problemas.Apesar dessas preocupações, outros médicos veem vários benefícios na vertebroplastia. Os estudos publicados no NEJM fornecem “um bom material para a reflexão que ajudará na elaboração de uma análise mais estratégica de quando realizar uma vertebroplastia”, observa Bernard Clark, neurocirurgião do Centro Médico King\\'s Daughters, em Ashland, Kentucky. Entretanto sua experiência na realização do procedimento nas últimas décadas tem se mostrado eficaz em fornecer alívio mais rápido para a dor que repouso e analgésicos, especialmente para pacientes que sofrem de câncer metastático de outras partes do corpo que invadem a coluna. A vertebroplastia é eficaz em “acelerar o alívio da dor”, acrescenta.Em junho uma nova substância a ser usada na vertebroplastia recebeu aprovação da Agência de Controle de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos e pode alterar significativamente a discussão: o Cortoss, composto para aumento ósseo desenvolvido nos últimos 14 anos pela Malvern Inc., Orthovita, sediada na Pensilvânia, é uma pasta branca perolada que a empresa afirma ter a capacidade de fortalecer os ossos ajudando-os a produzir fosfato de cálcio.Embora a publicação dos artigos no NEJM tenha coincidido com uma queda no preço das ações da Orthovita, Theodore Clineff, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento de produtos da empresa, destaca que os estudos testaram PMMA, não Cortoss.Bernard usou Cortoss para realizar vertebroplastias em seis pacientes e acredita ser mais seguro que o PMMA, que pode ser tóxico se utilizado em demasia. O Cortoss também é geralmente mais caro que o PMMA. Considerando que uma vertebroplastia típica pode custar entre US$ 2.000 e US$ 5.000, as realizadas utilizando-se Cortoss tendem a estar no ponto mais alto dessa escala. Clark observa que o custo do Cortoss é várias vezes superior ao do PMMA.A Orthovita reconhece que o Cortoss geralmente custa mais que o PMMA por unidade, mas acrescenta que o Cortoss reduz o risco de refratura subsequente comparado com o PMMA, o que significa que pacientes com osteoporose precisariam de menos tratamentos ao longo do tempo.
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Texto:Scientific American Brasil