sábado, 16 de maio de 2009

Enquanto isto na PeTrobrás...

Quem não deve,não teme!.....ou não?

Prevenção de HIV/aids: sexo seguro

por Conceição Lemes


1980. Surge em São Paulo o primeiro caso de aids no Brasil. Considera-se alguém com aids quando começa a apresentar certos tumores e infecções devido à baixa imunidade provocada pela infecção pelo HIV.
2009. A cada ano, mais de 35 mil brasileiros recebem o diagnóstico de aids. De 1980 a junho de 2007, foram identificados 474.273; em 1985, havia 15 casos em homens para 1 em mulher. Atualmente, a relação é de 1,5 para 1. Em ambos os sexos, a maior parte se concentra na faixa etária de 25 a 49 anos. Porém, tem-se verificado aumento da doença na população acima dos 50, tanto em homens quanto em mulheres. A principal forma de transmissão é a sexual, ou seja, sexo sem camisinha. Os dados são do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde.
A boa notícia vem de outra pesquisa do próprio Ministério da Saúde: 94% da população brasileira cita a camisinha como a forma de prevenção do HIV. Esse índice independe de sexo, faixa etária ou escolaridade. O uso regular e consistente do preservativo masculino tem aumentado. Porém, ainda está longe do ideal. Por exemplo, na faixa de 16-19 anos, 51,5% dos homens e 32,6% das mulheres fazem uso regular. Na faixa de 20-24, 38,0% e 23,4%, respectivamente. A primeira relação sexual dos meninos ocorre, em média, aos 15 anos; das meninas, aos 15,9.
“Mas eu ouço essa história há mais 20 anos. Como é que as pessoas ainda não usam?”, talvez alguém na faixa dos 40-60 rebata. “Esse discurso da prevenção parece disco quebrado; toca sempre a mesma música.”
“Primeiro, há sempre uma distância entre o nível de informação e a prática. Segundo, novas gerações surgem e precisam ser informadas. Terceiro, há pessoas das gerações mais antigas que não foram atingidas pelo discurso inicial da prevenção, mas que agora precisam aprender. Por exemplo, algumas descasaram e voltaram ao mercado sexual, outras mudaram de orientação sexual”, justifica psicóloga Vera Paiva, professora do Instituto de Psicologia da USP e assessora dos programas brasileiro e das Nações Unidas de DST/Aids. “Tem que se bater na tecla da prevenção em todos os lugares, o tempo inteiro.”

Leitores do Viomundo - BLOG DE LUIZ CARLOS AZENHA - ajudaram a formular as perguntas aos especialistas. Participam desta: a psicóloga Vera Paiva, que também é pesquisadora da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos; o médico infectologista Marco Antônio de Ávila Vitória, do corpo técnico do Departamento de HIV da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, Suíça; o médico Francisco Inácio Bastos, pesquisador sênior da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro; e o sociólogo Ivo Brito, coordenador da Unidade de Prevenção do programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde


Viomundo – Há pessoas que ainda acreditam que o HIV não passa de mulher para homem. O que o senhor diria para elas?
Marco Vitória – Está cientificamente comprovado que isso não é verdade. Teoricamente a mulher tem um risco maior de infectar-se devido a fatores anatômicos e maior vulnerabilidade social em muitas culturas. Porém, o homem também tem risco importante de se contaminar se tiver relações sexuais sem uso de preservativo com mulher infectada pelo HIV. O vírus da aids pode passar de homem para mulher e de mulher para homem, desde que um dos parceiros seja portador do HIV.


Viomundo – O leitor Juliano pergunta: em que circunstâncias o HIV pode passar da mulher para o homem? É preciso ele ter algum ferimento no pênis para isso ocorrer?
Marco Vitória – Insisto: a transmissão é bidirecional. Sempre que houver contato sexual com troca de fluidos contaminados – leia-se esperma, secreção vaginal e sangue – existe risco tanto para homens quanto para mulheres. Alguns fatores podem aumentar esse risco. Por exemplo, lesões na pele ou na mucosa dos genitais causadas por machucados ou doenças sexualmente transmissíveis. Mas atenção. Mesmo na ausência de ferimentos genitais, a transmissão do HIV pode ocorrer.
Ivo Brito - As DST (doenças sexualmente transmissíveis) são o principal facilitador da transmissão sexual do vírus da aids; feridas nos órgãos genitais favorecem a entrada do HIV. Gonorréia, sífilis, herpes, HPV (papilomavírus humano), corrimento vaginal e doença inflamatória pélvica são algumas das DST. A infecção pelo HIV também é uma DST.


Viomundo – Esta dúvida é da leitora Vanessa: mesmo que não haja ejaculação durante o ato sexual, é possível a mulher ser infectada caso o parceiro tenha o HIV?
Francisco Bastos – É possível, sim, embora a probabilidade seja bem menor do que na relação completa, com troca de secreções. A secreção que antecede a ejaculação também tem partículas virais do HIV, ainda que em pequena quantidade. Portanto, a camisinha tem que ser colocada antes da penetração para que não haja risco de transmissão pela secreção pré-ejaculação. Também para que não haja o risco de homem não controlar a excitação e ejacular mesmo que não queira.

Viomundo – Mas colocar a camisinha antes da penetração visa também prevenir a transmissão de outras DST?
Ivo Brito - Com certeza. As DST são doenças causadas por vários tipos de microorganismos. Transmitidas principalmente por contato sexual sem o uso de camisinha com pessoa infectada, as DST geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. O uso de preservativos em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão do HIV e das demais DST.


Viomundo – Masturbação a dois transmite o vírus da aids, caso um dos parceiros seja soropositivo?
Ivo Brito - Não se pega nem se transmite HIV, praticando masturbação a dois.

Viomundo – Com que formas de sexo se pode pegar o HIV?
Ivo Brito – Sexo vaginal, anal e oral – sem camisinha.

Viomundo – Qual o risco do sexo anal? É maior para quem penetra ou para quem é penetrado?Francisco Bastos -Na ausência de camisinha, o risco é bastante elevado, pois a mucosa anal não tem defesas naturais que possam barrar a invasão do tecido local pelo HIV. O risco é substancialmente maior para quem é penetrado (sexo anal receptivo) do que para quem penetra (sexo anal insertivo). Aquele que penetra tem riscos basicamente vinculados a micro-lesões na ponta do pênis (em geral, invisíveis a olho nu), onde o HIV pode penetrar. Já quem é penetrado – desde o parceiro ou parceira não use camisinha – receberá a pré-ejaculação e a ejaculação em uma superfície friccionada. Portanto, bastante suscetível à transmissão do HIV.

Viomundo – As micro-lesões são mais freqüentes no sexo anal do que no vaginal?
Francisco Bastos – Seguramente. A razão é óbvia: o ânus é habitualmente mais estreito e menos lubrificado do que a vagina. Por isso, no sexo anal, a camisinha deve ser lubrificada. Caso não seja, deve ser usada junto com lubrificantes apropriados. Cuidado na hora de escolher, pois alguns podem danificar a camisinha. Lubrificantes são vendidos em farmácias. Também estão disponíveis em algumas unidades de saúde e organizações não-governamentais.

Viomundo – Meu problema é educacional, afirma o leitor Leider Lincoln. Sou professor da rede privada e percebo que parcela considerável de meu alunado, conquanto o sexo seja feito com namorada (o) ou uma pessoa "a quem se ama", oferece apenas o risco de gravidez, pelo que elas usam a pílula, mas eles, muito raramente a camisinha. O que faço?
Vera Paiva – Você tem que fazer o que já está fazendo. Falar com eles e elas sobre o assunto. É preciso dizer com todas as letras que a pílula não previne o HIV e a camisinha é o único método que protege ambos tanto da gravidez indesejada quanto do HIV. Para os meninos, o argumento mais poderoso é lembrá-los de que a camisinha é o único método que lhes dá o poder de controlar quando vão engravidar ou não. Ou seja, eles terão o controle da própria reprodução e não ficarão à mercê das meninas. Com isso, ajudarão meninos e meninas. Já as meninas não vão usar camisinha, porque é anatomicamente impossível; a “tecnologia” delas é a conversa, convencer o rapaz a usar. Por isso, o melhor modo de conciliar essa discrepância de poder é trabalhar os meninos.
Viomundo – “Pô, mas as meninas esquecem a pílula de sacanagem...”, alguns meninos vão dizer. Vera Paiva – Tomar a pílula todo dia não é fácil, cara. Elas não fazem isso de propósito. Se você esquece o celular em casa, por que elas não podem esquecer a pílula um dia? E pílula não tomada corretamente, aumenta a possibilidade de falha. Não jogue toda a responsabilidade pela segurança das relações sexuais nas costas dela. É responsabilidade sua também. Use camisinha e proteja vocês dois.
Viomundo –Velhos estão morrendo de aids por não utilizar camisinha e ingerir drogas que mantêm a ereção. Passam o vírus para as suas parceiras, novas e velha...
Vera Paiva - Realmente, isso está ocorrendo. Simbolicamente o homem na terceira-idade associa a camisinha como algo que atrapalha a ereção. Só que não é verdade. Se você incorpora a camisinha ao jogo erótico de uma forma mais ampla, ela não atrapalha. Por exemplo, a mulher colocar a camisinha em você; fica mais excitante. Usar a lubrificada ajuda a ereção. Tem mil e um recursos. Mas o mais difícil é o fato de o homem hoje na terceira-idade não ter começado a vida sexual com camisinha. Outra coisa que observo: a “dificuldade” depende do contexto. Quando é com trabalhadoras do sexo, em geral não têm tanta dificuldade. Agora, se é com mulheres mais jovens ou da mesma idade, o “problema” aparece. Portanto, homens e mulheres da terceira-idade: vocês são vulneráveis também ao HIV. A prova é o crescente número de homens e mulheres infectados acima de 50 anos. Portanto, prevenção de HIV/aids tem a ver com vocês também.
******************************************************************

Observação : A camisinha é uma “vacina” tripla. Protege contra o HIV, demais DST e gravidez indesejada. É o verdadeiro método três em um.O amor não protege ninguém do HIV. Lembre-se de que ao transar sem camisinha, você faz sexo não só com o (a)parceiro (a) atual. Você "transa" também com os ex de ambos.
***************
Sexo não tem idade para acabar. Proteção também não. Use camisinha. É coisa de mulher segura. A vida sexual continua depois dos 50. E toda mulher tem o direito de exercer a sua sexualidade e de se cuidar. Por isso, a camisinha é tão fundamental. Ela protege você do HIV e de muitas outras doenças. Use. Mostre que você tem postura (campanha do Ministério da Saúde para o carnaval de 2009).
Ósculos e Amplexos
Gabi

Despertar é preciso

"Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma flor do nosso jardim e não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada.Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada."

"Vladimir Maiakóvski (1893 - 1930) Poeta Russo"


Trecho do artigo - Despertar é preciso - http://brasillivreedemocrata.blogspot.com/

Aproveito para parabenizar o dono do blog - Laguardia.Estou viciada em Brasil -liberdade e democracia.Leitura obrigatória.
Ósculos e Amplexos
Gabi

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Hoje ganhei um super presente....Clarice Lispector!


Acabei de ganhar um livro,presente melhor não há - " A Paixão segundo G.H." de Clarice Lispector.Dizem que é o melhor de sua carreira.Estou ansiosa para começar.
O enredo trata de uma mulher com as iniciais G.H.,que depois de demitir a empregada e tentar arrumar seu quarto,fala da perda da individualidade depois de ter esmagado uma barata na porta do armário.
Meio louco?Depois eu conto!
Ósculos e Amplexos
Gabi

Este é o tipo de comentário que gosto....adorei este camarada!

E-mail recebido:O adensamento das favelas

O aumento da população das favelas foi de 4% no ano passado, duas vezes superior ao crescimento vegetativo da população da cidade no período, conforme dados da Secretaria Municipal da Habitação. Nos últimos dez anos, o aumento dos moradores em barracos foi de três a quatro vezes maior do que o ocorrido no restante da área urbana. Além do adensamento populacional nas favelas já existentes, outras têm surgido em áreas centrais da cidade, sem que a Prefeitura consiga conter essa expansão. Segundo informações oficiais, há 1.062 favelas em São Paulo. Os urbanistas consideram que esse número está subestimado. É que a administração municipal se baseia nos dados do Censo feito há quase dez anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que não levou em conta núcleos de submoradias com menos de 50 pessoas.Daí as distorções, como no caso da Vila Mariana que, pelos registros da Prefeitura, teria apenas 5 favelas quando, na verdade, seus moradores convivem com 10 delas. Em plena Avenida 23 de Maio, 15 barracos foram erguidos, há mais de dez anos, nos baixos do Viaduto Paraíso, numa encosta. Apesar de estar em área nobre da cidade há tanto tempo, a chamada Favelinha do Paraíso - que funciona numa área praticamente fechada, rodeada pelos muros de prédios comerciais e até protegida por portões - não aparece nos cadastros municipais. Os vizinhos buscam há anos a remoção dos favelados, mas não conseguiram o apoio da Prefeitura. Desenvolveram até um projeto paisagístico para o terreno e se propuseram a manter o local. Apesar de os vizinhos exibirem cópias dos documentos enviados à administração municipal, representantes da subprefeitura afirmam que desconhecem denúncias de submoradias naquele ponto.A dificuldade da Prefeitura de acompanhar o crescimento das favelas até nas áreas mais nobres de São Paulo leva a duvidar muito da sua capacidade de frear a disseminação dos barracos em áreas de grande impacto ambiental, como as vizinhanças de mananciais, fundos de vales inundáveis, margens de córregos e encostas. Na bacia da Represa de Guarapiranga, estima-se em 200 mil o número de domicílios instalados - 40 mil despejando esgoto diretamente nas águas do manancial responsável pelo abastecimento de 4 milhões de moradores da região metropolitana de São Paulo. São áreas sem atrativo para as imobiliárias ou onde elas estão proibidas, por lei, de construir, e, por isso, sobram para as ocupações clandestinas.Essas regiões acabam recebendo investimentos públicos nos processos de urbanização de favelas. O governo municipal anunciou, no ano passado, que R$ 1,7 bilhão seria aplicado no Programa de Urbanização de Favelas, no prazo de três anos. Desse total, R$ 842 milhões são do Programa de Aceleração do Crescimento; R$ 482 milhões, dos cofres municipais; e o restante, do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano do Estado de São Paulo e da Sabesp. Mas será um esforço perdido, caso não se evitem novas ocupações. E é o que tem acontecido ao longo dos anos. Na década de 80, 1,89% da população brasileira morava em favelas. Em 1991, já eram 3,28%, o que revela crescimento de 70% em uma década, segundo o Censo do IBGE. Conforme explica a professora titular da Universidade de São Paulo Ermínia Maricato, que coordenou a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano até 2005, uma marca fundamental da urbanização, num processo de "industrialização com baixos salários", é o surgimento de moradias precárias e concentradas. O financiamento habitacional bancário é para poucos. O investimento público em moradias é tímido e beneficia, no máximo, 5% da população. Quem consegue pagar aluguel se mantém nos bairros formais. Porém, estima-se que 50% da população do Município de São Paulo não dispõe de renda familiar suficiente para obter financiamento para moradia. Resta-lhes morar na favela, nos loteamentos clandestinos ou nos cortiços, opções que alimentam a desorganização urbana e a insegurança da população.

Por que os sapos são verdes?


Por que os sapos são verde? - é o primeiro livro do petropolitano de coração, Pedro Azevedo. O livro acaba de ser selecionado para a amostra das melhores ilustrações de livros infantis do mundo,a Bienal de Ilustrações da Bratisvala,na Eslováquia.
O professor da Universidade Católica de Petrópolis,escreve sobre ecologia e da necessidade de vivermos em harmonia entre nós mesmos e com a natureza.
Ósculos e Amplexos
Gabi

O orkut do Gilmar

Tá lá no site do maravilhoso Paulo Henrique Amorim, o orkut do Gilmar.Vale dar uma clicada para rir um pouquinho e apreciar as palavras do jornalista.
Ósculos e Amplexos
Gabi

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Pára o mundo que eu quero descer!!!!!!


UNESCO ESCOLHE LULA PARA RECEBER PRÊMIO DE INCENTIVO À PAZ
*
Fonte:blog Alerta Brasil - by Gusta



SEJA VOLUNTÁRIO!


Link:www.riovoluntario.org.br

Baltasar Gracián

"A maioria não tem apreço pelo que entende,e o que não compreende,venera."

quarta-feira, 13 de maio de 2009

PMERJ - 200 ANOS.

"Varal" ocupou a Praia de Ipanema, no Rio

Que o dia de hoje tenha plantado algumas sementes para uma conscientização da sociedade da importância da polícia e a omissão de um Estado.
Gabi
*

domingo, 10 de maio de 2009

Estou exagerando?




Cretinice verbal


O que pensar de um político que diz estar se lixando para a opinião pública?


Uma coisa é certa,não podemos esquecer destas coisas nas eleições.


Um não a memória curta!!!!!!!


Lewis Lavoie


Fantástico ainda é pouco para definir a obra de Lewis Lavoie. O artista recria obras famosas através de montagens surpreendentes. Se trata do conceito “Mural Mosaic”, no qual pinturas diversas são reunidas para compôr numa única obra.

Ósculos e Amplexos

Gabi













E-mail recebido:A judicialização do acesso à saúde contraria os princípios do SUS?Não

As verdadeiras causas e consequências
ANDREA LAZZARINI SALAZAR e KARINA BOZOLA GROU

ESTÁ NA pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se o Poder Judiciário pode obrigar as secretarias da Saúde ao fornecimento de medicamentos necessários à preservação da saúde e da vida dos cidadãos que buscam a Justiça. Ficará decidido se a saúde prevalece sobre o orçamento estabelecido pelo poder público ou se o inverso. No último mês de março, o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou relatório escancarando a ineficiência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na garantia do ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) -devido sempre que um usuário de plano de saúde é atendido pela rede pública.(Essa obrigação dos planos exemplifica a liberdade dirigida ditada pela Constituição, pela Lei Orgânica da Saúde, pelo Código de Defesa do Consumidor e pela Lei dos Planos de Saúde, indicando a submissão do privado ao público.) Confirmando a incompetência da ANS já apresentada em relatório de 2006, o TCU agora revela que, de 2003 a 2007, a agência deixou de cobrar R$ 2,6 bilhões de ressarcimento por atendimentos de média e alta complexidade feitos pelo SUS a usuários de planos de saúde. Uma compreensão restritiva e compartimentada da saúde não é capaz de relacionar um fato com o outro. Mas enfrentar o conjunto de questões que transitam entre o público e o privado é a chave para a solução de uma infinidade de problemas que assolam a saúde no país. No caso da judicialização de acesso aos medicamentos, à medida que a Justiça consagrou o direito constitucional dos cidadãos de receber os medicamentos de que necessitam, as secretarias da Saúde começaram a questionar o fenômeno. Entre as principais críticas, estão o tratamento individualizado em prejuízo do coletivo, a desorganização dos serviços, os maiores preços pagos pelos medicamentos comprados para atender demandas individuais e o desrespeito a consensos terapêuticos. Sob o manto de zelar pelo bom uso do dinheiro público, essa retórica coloca sob os ombros dos cidadãos a culpa por terem que buscar na Justiça o reconhecimento do seu direito essencial ao medicamento garantido pela Constituição Federal. Com todo respeito aos bem-intencionados em defesa do SUS, convém uma reflexão sobre a inversão da ordem das coisas. A população sofre com a escassez de medicamentos, leitos hospitalares e atenção básica não por causa dos recursos gastos para cumprir as determinações judiciais. O sofrimento desumano a que os cidadãos são submetidos é culpa dos governantes que não investem ou empenham corretamente o orçamento destinado à saúde; é devido à falta de racionalidade, organização, eficiência e vontade política. Sem o Poder Judiciário atuante, os governantes que já não obedecem a Constituição Federal e as leis ficariam mais à vontade para pisotear na saúde da população. Portanto, as ações judiciais que reivindicam medicamentos não são contra o SUS, que é o sistema de saúde dos cidadãos, e não dos gestores de saúde. É interesse público que o direito à saúde e a dignidade humana de cada um, que nos lembra que o homem não tem preço, sejam respeitados. A independência e o equilíbrio entre os três Poderes são pilares da Constituição e servem, entre outras finalidades, para impedir que se cale a voz dos juízes e dos cidadãos. É urgente que as três esferas do Poder Executivo busquem a melhor destinação dos recursos públicos, com eficiência e sem admitir desvios, além de atuar com rigor para fazer retornar aos cofres públicos os valores que a ANS não se empenha em exigir dos planos de saúde, para impedir os abusos dos laboratórios farmacêuticos, as concessões indevidas de patentes, as publicidades atentatórias à saúde da população (de alimentos, medicamentos, bebidas alcoólicas), que tantos ônus trazem para o SUS. Estaríamos apontando para o rumo correto, em vez de condenar o cidadão a não receber o medicamento de que precisa para se manter vivo.
_________________________________________________________

ANDREA LAZZARINI SALAZAR, 36, advogada, é consultora jurídica do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e autora do livro "A Defesa da Saúde em Juízo".
KARINA BOZOLA GROU, 33, advogada, mestre em direito constitucional pela PUC-SP, é gerente jurídica do Idec e autora do livro "A Defesa da Saúde em Juízo".

Em pauta:Segurança em Petrópolis



Petrópolis terá mais policiais nas ruas, diz comandante Mouzinho.

Por:Roberta Müller -

O comandante do 26o Batalhão, coronel Paulo Augusto Mouzinho disse ontem que vai colocar mais policiais trabalhando nas ruas da cidade para tentar diminuir os índices de assalto. Ele falou ainda que em relação à polêmica em volta do Serviço Reservado a população não deve se preocupar, já que segundo ele a P2 não vinha realizando tantas prisões comparado ao grande número de policiais que trabalham na equipe.
A primeira mudança no setor já foi feita, com a transferência do comandante da P2, capitão José Luiz Linhares, assim como o coronel Calixto Barbosa para o Comando de Policiamento de Áreas Especiais (Cepai). Mouzinho informou que as modificações são inevitáveis na área da policia, e disse que irá reduzir o número dos agentes que trabalham dentro do batalhão.
"Quero colocar bastante policiais nas ruas, e pra isso algumas coisas terão que ser mudadas, inclusive na P2. Lógico que não vou trocar tudo. Mas não entendo essa preocupação em relação ao Serviço Reservado, quando cheguei aqui não vi grandes prisões. Petrópolis teve uma série de assaltos e ninguém foi preso. Com certeza alguns policiais de lá serão deslocados fardados para as ruas. O povo precisa ver esses policiais", explicou.
Fonte:Diário de Petrópolis
PS:Amém!

Secretaria Municipal de Saúde de Petrópolis quer imunizar 80% dos idosos



Vacinação contra a gripe é prorrogada até dia 15 de maio

A Campanha de Vacinação contra a gripe foi prorrogada até o dia 15 de maio em Petrópolis para que a meta de imunizar 80% dos idosos do município seja alcançada, já que a cobertura até quinta-feira foi de 42%. Nessa sexta-feira, mais 15 mil doses da vacina foram enviadas pelo Ministério da Saúde, através da Secretaria de Estado de Saúde, à cidade, embora nenhum posto tenha ficado desguarnecido até essa data.
Os 48 postos de saúde e PSFs continuarão participando da campanha, com atendimento das 8h às 16h. O slogan esse ano é Deixe a gripe na saudade. Vacine-se, que tem como objetivo atingir o maior número possível dos mais de 43 mil idosos residentes em Petrópolis.
Apenas pessoas com alergia a ovos não podem ser vacinadas. A gerente de imunização do setor de epidemiologia da Secretaria de Saúde, Alessandra Cardoso, desmistifica algumas informações sobre a vacina contra a gripe.
"O vírus aplicado está morto e, por isso, não tem como a pessoa contrair a doença por conta da vacina. O que pode acontecer é já estar com o vírus e obviamente ficar gripada. A vacina é válida por um ano, então, mesmo quem foi vacinado no ano passado terá que ser imunizado novamente. Isso porque o vírus sofre mutação a cada ano, fazendo com que a vacina tenha que ser desenvolvida especificamente para aquele vírus", explicou.
A equipe de epidemiologia mantém cadastro das pessoas que são impossibilitadas de comparecer a um posto de vacinação. Após a campanha, por meio de um posto volante, essas pessoas são imunizadas contra influenza na própria casa. Quem ainda não tiver cadastro pode entrar em contato com o setor de epidemiologia da Secretaria de Saúde pelo telefone 2246-6796 e solicitar a imunização.
Quem já tiver a carteira de vacinação deve levá-la e também documento de identificação.
fonte:Diário de Petrópolis