sábado, 18 de abril de 2009

VERGONHA

Por Rui Barbosa, escrito em 1914

A FALTA DE JUSTIÇA, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.
A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.
Essa foi a obra da República nos últimos anos. No outro regime (na Monarquia), o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre, as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam e que, acesa no alto (o Imperador, graças principalmente a deter o Poder Moderador), guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade.

A arte de negociar!

PAI - escolhi uma ótima moça para você casar.
FILHO - Mas, pai, eu prefiro escolher a minha mulher.
PAI - Meu filho, ela é filha do Bill Gates...
FILHO - Bem, neste caso, eu aceito.
Então, o pai negociador vai encontrar o Bill Gates.
PAI - Bill, eu tenho o marido para a sua filha!
BILL GATES - Mas a minha filha é muito jovem para casar!
PAI - Mas este jovem é vice-presidente do Banco Mundial...
BILL GATES - Neste caso, tudo bem.
Finalmente, o pai negociador vai ao Presidente do Banco Mundial.
PAI - Sr. Presidente, eu tenho um jovem recomendado para ser vice-presidente do Banco Mundial.
PRES. BANCO MUNDIAL - Mas eu já tenho muitos vice-presidentes, mais do que o necessário.
PAI - Mas, Sr., este jovem é genro do Bill Gates.
PRES. BANCO MUNDIAL - Neste caso ele pode começar amanhã mesmo!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Coronel Paulo Ricardo Paúl

Artigo:
EU TENHO VERGONHA
*
VOLENTI NIHIL DIFFICILE
(A QUEM QUER, NADA É DIFÍCIL)

Manual de sobrevivência...

1. Como reagir ao ser abordado pelos criminosos?
A abordagem do assaltante é o momento mais delicado para as duas partes. Procurar demonstrar tranquilidade é a forma mais inteligente para prevenir eventuais hostilidades. O ser humano, enquanto vítima de violência, tem a percepção alterada pelo stress emocional, o que pode ser mortal, pois quase sempre os assaltantes agem em bandos.
2. Se eu estiver no carro, com o cinto de segurança, o que devo fazer?
Durante o assalto, a vítima deve sempre informar ao assaltante antes de realizar qualquer movimento com os braços. Qualquer pessoa que se aventura a travar um confronto armado considera que a mão do oponente é a principal fonte de perigo. Por isso, só mexa no cinto depois de ter a convicção de que o assaltante sabe o que você vai fazer.
3. Se meu carro estiver ligado, e não houver ninguém na minha frente, posso tentar uma fuga?
Não existem veículos automotores disponíveis no mercado que consigam atingir velocidade superior a de projéteis de arma de fogo. Portanto, a arrancada com veículo poderia produzir comportamento violento por parte do assaltante.
4. Grito por socorro ou me rendo?
O grito pode operar como detonador de uma reação indesejada por parte do assaltante. O ideal seria se a vítima conseguisse agir com tranquilidade suficiente e tentar gravar na memória as características físicas do assaltante, meio e direção utilizada para a fuga. Isso facilitaria o trabalho posterior de captura dos criminosos pela Polícia.
5. Se eu estiver em um sequestro relâmpago, devo mentir a senha do meu cartão?
Os bancos já adotam uma série de políticas de segurança envolvendo o uso de cartões para minimizar os prejuízos provocados por eventuais assaltos. Uma vez que a vítima se encontre em um caso do sequestro relâmpago, o uso desta artimanha (mentir a senha) só potencializa eventuais hostilidades.
6. Se o assaltante fizer perguntas sobre a minha vida, devo falar a verdade?
Agir com tranquilidade é sempre a melhor opção. Tentar agir de acordo com protocolos decorados pode operar como complicador numa situação de alto nível de stress. Sobre essa questão, as quadrilhas especializadas em crimes patrimoniais complexos (sequestro, por exemplo), não praticam assaltos como modo de obter informações da vítima.
7. Durante o assalto, posso puxar conversa com o ladrão ou é melhor ficar quieto?
É importante ter em mente que o assaltante tem objetivos claros. Forçar uma conversa com o assaltante pode ser interpretado como uma tentativa de assumir o controle da situação. Portanto, só fale quando for perguntado.
fonte:veja.com/PM-SP
ps:Que chato chegar ao ponto de ter que postar algo como isto....

CAMÕES, TRAÍDO PELA RIMA


Os cariocas, como sabemos, incluem em certas palavras um fonema i que não existe. É o caso de "nascer", que muitos deles pronunciam "naiscer"; ou de "mesmo", transformado em "meismo". Essa prosódia descende diretamente do português de Portugal. Ouçam bem o lisboeta falando "Cascais".

Até aí, nenhuma novidade.

Mas agora passei a desconfiar que a pronúncia luso-carioca vem desde tempos camonianos — ou seja, desde os primeiros anos da Terra de Santa Cruz.Confiram a rima perpetrada pelo vate Luís Vaz de Camões nos segundos versos dos dois tercetos no soneto abaixo.

Não há dúvida: Camões era carioca!

POR QUE QUEREIS, SENHORA, QUE OFEREÇA

Por que quereis, Senhora, que ofereça

A vida a tanto mal como padeço?

Se vos nasce do pouco que mereço,

Bem por nascer está quem vos mereça.

*

Sabei que, enfim, por muito que vos peça,

Que posso merecer quanto vos peço;

Que não consente Amor que em baixo preço

Tão alto pensamento se conheça.

*

Assim que a paga igual de minhas dores

Com nada se restaura; mas deveis-ma,

Por ser capaz de tantos desfavores.

*

E se o valor de vossos servidores

Houver de ser igual convosco me(i)sma,

Vós só convosco mesma andai d'amores.

*

Por:Carlos Machado - http://www.algumapoesia.com.br/prosa.htm

A opinião de:Luiz Carlos Azenha


O Rio fracassou. A culpa é do Brizola


"Desde os anos 80 eu percebo um certo saudosismo em relação ao Rio dos anos 60. Meu primeiro contato com ele foi em conversas com o Paulo Francis, em Nova York. O Rio era, pelo que diziam, um paraíso da classe média: praia boa, mulheres bonitas, pouco trânsito e uma importância política e cultural que perdeu desde então.
Esse Rio "ideal" persiste no cérebro dos mais velhos e é retransmitido aos mais novos como se fosse possível voltar no tempo. É, em minha opinião, a principal cola ideológica por trás da agenda política reacionária que a "intelectualidade" carioca agora persegue. Como a Globo é a principal empregadora no Rio de Janeiro, pouca gente se dispõe a contestar essa agenda reacionária. Ficamos entregues, portanto, ao ativismo de Ali Kamel e aqueles que fazem tráfico de influência com o ideólogo da Globo: cineastas, escritores e jornalistas que, direta ou indiretamente, dependem da Globo para promover seus filmes, livros e projetos.
Políticos, mesmo os que se definem como progressistas, não ousam dar um pio contra os interesses da Globo. Todos querem botar a cara no Jornal Nacional e sonham com os holofotes da Globonews, que ninguém é de ferro. Isso contribui para a atrofia intelectual do Rio de Janeiro e para negar um dos princípios que fizeram da cidade o que ela foi nos anos 60: arejada, aberta às novidades e às influências que chegavam de fora.
A leitura de "O Globo", hoje, é reveladora de uma agenda política e cultural reacionária que reflete uma tentativa de voltar àquele Rio dos anos 60: criminalização dos movimentos sociais, dos pobres em geral e dos que os representam, em especial de Leonel Brizola e seus herdeiros políticos.
É como se fosse possível fechar os túneis, remover os pobres e criar um Projac frequentado apenas pelos brancos de olhos azuis, por mulatas de novela, uma "democracia racial" de fachada onde os negros saibam seu lugar e a classe média possa deixar o carro sobre a calçada com a porta aberta.O fato é que o Brasil mudou e, com ele, o Rio de Janeiro. A migração interna transferiu milhões de pessoas para as metrópoles brasileiras por conta do desequilíbrio econômico regional e com incentivo das novelas da Globo, que sempre venderam ao Brasil o "paraíso" carioca e a maravilha do consumo.
Não foi, portanto, o Brizola quem trouxe os pobres para o Rio de Janeiro. Foi um desequilíbrio econômico regional que vem de longe, aprofundado pelas políticas concentradoras de renda do regime militar. Essas políticas sempre receberam o apoio tácito das Organizações Globo. Se houve um presidente que atacou o desequilíbrio causador do inchaço das metrópoles brasileiras foi o atual, que recebe feroz oposição kameliana. Se houve um programa social bem sucedido para atacar a pobreza no Nordeste foi o Bolsa Família, que recebe feroz oposição kameliana.
A integração viária do Rio de Janeiro, que teria facilitado aos pobres chegar à Zona Sul, é um caminho de duas mãos. Pelas mesmas ruas e avenidas chega também a mão-de-obra barata, a criadagem que é fator essencial para reduzir as filas no "Garcia&Rodrigues".
O Rio é uma cidade espetacular e poderia fazer fortuna extraordinária com o turismo. No entanto, precisa atacar seus problemas essenciais, sem os quais jamais conseguirá preencher a sua vocação de bater Paris, Nova York e Roma como o maior destino turistico do mundo. E esses problemas essenciais são óbvios: segurança pública, saúde e educação. Não há outro caminho e não há como fazê-lo usando a polícia. Nem vai acontecer da noite para o dia, assim com a decadência do Rio foi lenta e gradual.
Mas isso só será possível quando algum projeto político for capaz de romper com a lógica afrikaner da elite carioca, que culpa Leonel Brizola e outros fantasmas pelos problemas que ela própria causou e continua a alimentar e que sonha com a eliminação física de pretos, putas e pobres enquanto financia o tráfico fumando maconha e cheirando cocaína. "

domingo, 12 de abril de 2009

EU QUERO A MINHA DIRETORIA


I
Senadores da República,
Venho relatar meu tormento:
Trabalhei a vida inteira,
Tive um fusca e um jumento,
Mas não consigo juntar
Dinheiro para comprar
Uma casa ou apartamento.
II
Depois de muito lutar,
Vim parar na capital,
Onde tudo é muito caro
Na especulação fatal.
Por mais que tenha apelado,
Difícil é ser contemplado
Com imóvel funcional.
III
Trabalho até altas horas
Da vista se irritar,
Da perna ficar dormente,
Do cabelo arrepiar,
Da coisa mudar de tom,
Mas hora-extra que é bom
Ninguém vem pra me pagar.
IV
Quando vou à Paraíba
Num baú a chacoalhar,
Não aparece um cristão
Disposto a me ajudar
Com uma passagem de avião
Pra melhorar meu padrão
E o cansaço aliviar.
V
Princesa é como no México:
Esse celular normal,
Que a gente compra nas lojas,
Quando pega, pega mal.
Assim quando lá eu for,
Vou pedir ao senador
Um celular funcional.
VI
Quero ingressar no Senado,
Ser funcionário exemplar,
Tomar conta de garagem,
Limpar o chão, capinar,
Dirigir escadaria,
Mas depois, no fim do dia,
Degustar um caviar.
VII
Eu quero ser diretor
Para dar nó de gravata,
Ficar enrolando bufa
Ou filmando passeata,
Ganhar mais que senador,
Passear no corredor
Só espalhando bravata.
VIII
Eu quero ser diretor
Montado na brilhantina,
Cheio de ajuda de custo
Para botar gasolina
No posto do meu irmão
Que fica na contramão
Da ética que me arruína.
IX
Diretor eu quero ser
Para um assunto retado:
Passar o dia flanando
Atrás de rabo assanhado
De piriguetes sabidas
Que se fingem de perdidas
No corredor do Senado.
X
Eu quero ser diretor,
Bem nos conformes da lei.
Só que existe um problema:
A lotação eu não sei.
Eu topo qualquer lugar,
Até mesmo pra escovar
O bigode do Sarney.
*
Por:Miguezim de Princesa

Saúde da Pessoa com Deficiência - Direitos no SUS


Toda pessoa com deficiência tem o direto de ser atendida nos serviços de saúde do SUS, desde os Postos de Saúde e Unidades de Saúde da Família, até os Serviços de Reabilitação e Hospitais. Tem direito à consulta médica, ao tratamento odontológico, aos procedimentos de enfermagem, à visita dos Agentes Comunitários de Saúde, aos exames básicos e aos medicamentos que sejam distribuídos pelo SUS. É importante procurar uma Unidade de Saúde próxima ao local de residência, cadastrar-se como usuário e fazer uma avaliação do estado geral de saúde. Essa unidade básica será responsável pelo acompanhamento permanente de seus usuários. As pessoas com deficiência são homens e mulheres de todas as faixas etárias, bebês, crianças, jovens e adultos. Todos devem ser acolhidos nas Unidades de Saúde e ter respondidas suas necessidades, sejam elas vinculadas ou não à deficiência que apresentam. De acordo com suas características, as pessoas com deficiência têm direito ao encaminhamento para serviços mais complexos, a receber assistência específica nas unidades especializadas de média e alta complexidade, para reabilitação física, auditiva, visual ou intelectual, como também às ajudas técnicas, órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção de que necessitem, complementando o trabalho de reabilitação e as terapias.As equipes das unidades especializadas de reabilitação devem ser multiprofissionais e trabalhar de forma interdisciplinar, envolvendo as famílias, as unidades básicas de saúde e as comunidades, buscando recursos locais que facilitem o desenvolvimento integrado de processos de inclusão da pessoa com deficiência.
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Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Cart09.pdf
fonte:Ministério da Saúde

Produtos de saúde terão qualidade certificada

Consumidor terá mais garantia e segurança ao usar equipamentos. Cooperação torna Brasil mais competitivo
Os consumidores poderão contar com mais qualidade e segurança no uso de equipamentos de saúde e produtos médicos. No dia 8 de abril, os ministros da Saúde, José Gomes Temporão e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Miguel Jorge, assinaram termo de cooperação para que o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) possam, de maneira mais intensa e organizada, articular ações para certificar esses materiais.
Com o termo, não apenas os laboratórios oficiais, mas outros certificados pelo Inmetro estarão aptos a produzir análises de qualidade para a Anvisa, que obedeçam a regras e padrões internacionais. A parceria vai beneficiar tanto o consumidor final que faz uso desses equipamentos para recuperar a saúde, como os médicos e outros profissionais de saúde que poderão contar com produtos mais seguros certificados pelo Inmetro.
Hoje, as análises realizadas pelos laboratórios oficiais acontecem apenas quando o produto é importado, com o termo de cooperação, os produtos também passam a ser analisados depois que já foram aprovados como um acompanhamento.
Pela cooperação, também está previsto o estabelecimento de um cronograma para a certificação de produtos, com base em Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A gestão do objeto do Termo de Cooperação ficará a cargo de um Comitê Gestor composto por dez membros, sendo dois da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde, que coordenará o Comitê, dois do MDIC, dois da Anvisa, dois do Inmetro e dois indicados pela Fiocruz.
O documento vigorará por cinco anos, podendo ser prorrogado por termo aditivo.Também no dia 8 de abril, foi assinada uma portaria pelos dois ministérios com efeitos práticos para garantir o controle, qualidade e segurança de kits de diagnósticos para exames e equipamentos de saúde (máquinas de hemodiálise, órteses, próteses, aparelhos, materiais e instrumentos usados por profissionais de saúde). A intenção é evitar a exposição da população a produtos sem evidência de segurança e eficácia. Dentre as ações estão previstas a normatização da ABNT, regulamentação técnica, monitoramento, análise de produtos e avaliação de conformidade.
Outras informações:
Atendimento à Imprensa(61) 3315 3580 e 3315 2351
fonte:Ministério da Saúde