domingo, 9 de maio de 2010

O pulso ainda pulsa!!!!!


A saúde precária de uma Velha Senhora
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Aos 456 anos a cidade de São Paulo enfrenta problemas que, comparados aos de um organismo vivo, mostram condição próxima à falência múltipla de órgãos.Leia mais...
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Texto de Paulo Saldiva e Evangelina Vormittag

Lya Luft e seu Múltipla escolha


Ensaios de Lya Luft retratam a síndrome do "ter de" que ronda o ser humano

Com 30 anos de currículo literário, Lya Luft agora retorna com um ensaio que reflete sobre os caminhos do nosso tempo. Em "Múltipla Escolha" (Record, 2010), Lya indaga, debate e transgride a mediocridade que ronda o ser humano.
A autora debate questões fundamentais, como a velhice e a juventude, os novos dilemas e tabus da sexualidade, a comunicação virtual, as fronteiras entre o privado e o público, entre outras.
Lya também rebate a suposta liberdade que alcançamos ou que pensamos ter atingido. Ela nos mostra o quanto uma cultura impositiva faz com que as pessoas vivam a síndrome do "ter de".
Os ensaios tratam dos "mitos modernos" e mostram o quanto o ser humano está atrelado às práticas opressoras.
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Texto:UOL
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Comentário:Será muito bem recebido, comentários sobre este livro.
Boa leitura!
Gabriela

II CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE MENTAL

Introdução:O campo da saúde mental vem enfrentando uma variedade de desafios; entre eles, a necessidade de integração e operacionalização dos novos serviços substituindo ao modelo assistencial tradicional e de uma interação entre a prática e as áreas de conhecimento que compõem o sistema de saúde como um todo. No âmbito científico o campo da saúde mental é tradicionalmente fragmentado e socialmente representado, por especialidades clássicas como Psiquiatria, Psicologia, Enfermagem Psiquiátrica, Terapia Ocupacional e Serviço Social. Novos atores sócio-profissionais estão presentes neste campo, entre eles a Educação Física, a Pedagogia, as Artes Plásticas e a Fisioterapia, além de outros setores, como sistemas de Educação, de Cultura e de Justiça. São ainda atores sociais importantes na área da saúde mental os movimentos sociais como o Movimento da Reforma Psiquiátrica e o Movimento da Luta Antimanicomial e os movimentos artísticos. Estes desafios têm sido amplamente reconhecidos no contexto dos vários dispositivos de desenvolvimento do campo da Saúde Mental.Portanto, a realização do II Congresso Brasileiro de Saúde Mental é uma iniciativa amadurecida e plenamente legitimada. O evento tem o potencial de promover, historicamente, as aproximações necessárias dos diversos atores sociais, usuários, familiares, profissionais, acadêmicos e artísticos que fazem deste campo de práticas e saberes um dos mais vibrantes no âmbito do Sistema Único de Saúde. Desta forma a realização do II CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE MENTAL atende a uma necessidade na perspectiva da consolidação de um sistema de saúde, que tem como princípios a integralidade, a universalidade de acesso e a descentralização.Leia mais..

O livro que está na minha cabeceira....

No livro A Distância entre Nós, Thrity Umrigar, em uma narrativa delicada e contundente, mostra como a violência aproxima as mulheres. A violência doméstica praticada pelo bem-sucedido marido da rica dona de casa e a gravidez não desejada da única neta da pobre empregada doméstica traça para sempre os destinos dessas mulheres.Sem conseguir romper a relação violenta, a rica dona de casa usa roupas de manga longa, no forte calor indiano, para esconder as marcas dos socos e pontapés constantemente desferidos pelo marido. A pobre empregada, que vive em uma favela, luta com dificuldade para manter a neta na universidade. A gravidez inesperada da neta, oriunda de uma sutil violência, muda os planos e a vida de ambas. O aborto apresenta-se como a única solução para que a neta possa continuar estudando, já que ser uma jovem grávida e solteira na sociedade indiana significa viver estigmatizada e hostilizada, pondo fim ao sonho de uma vida um pouco melhor.Mas a violência as une. A empregada silenciosamente acolhe, solidariza-se e trata dos ferimentos físicos e emocionais da dona de casa. Esta, por sua vez, apoia e acompanha a neta da empregada na realização do aborto, que para a jovem transforma-se em um pesadelo. No entanto, se a violência aproxima as duas mulheres, as condições sociais, econômicas e culturais criam um abismo entre elas. A empregada tem consciência de que o analfabetismo e a falta de cultura são responsáveis pela miséria (não apenas física) de sua vida. Se tivesse estudo e soubesse falar, não teria sido enganada e desrespeitada em sua vida.A autora revela como as condições culturais são determinantes para a aceitação social da violência doméstica e as condições sociais e econômicas fundamentais para o acesso a serviços públicos de qualidade e à informação no campo da saúde.A situação vivida pelas duas personagens centrais, embora se passe na Índia, é exatamente a mesma vivenciada pelas mulheres no Brasil. A violência doméstica e a gravidez não desejada são o cotidiano das mulheres brasileiras. Acolher, não julgar ou condenar as mulheres que não conseguem romper a violência ou que realizam abortos por necessidade ou por não terem tido acesso a serviços de saúde, informação ou atendimento adequado é uma forma de suavizar essa violência. Reduzir as desigualdades sociais é diminuir essa outra distância entre nós.
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Fonte: Carmen Hein de Campos- Coordenadora do Cladem/Brasil – Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher