quarta-feira, 8 de abril de 2009

Uma em cada quatro adolescentes estão contaminadas com HPV no Rio de Janeiro

De acordo com pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz, uma em cada quatro adolescentes sexualmente ativas da cidade do Rio de Janeiro está contaminada pelo HPV - um vírus transmitido pelo sexo e que pode causar câncer de colo de útero.
A infecção foi detectada em meninas que tinham iniciado a vida sexual há apenas um ano. Quando chegam a cinco anos de atividade sexual, a porcentagem de infectadas sobre para 40%.
Os adolescentes estão iniciando sua vida sexual muito cedo, sem proteção e com uma grande variedade de parceiros. Como a doença demora a se manifestar, o infectado continua a ter relações, multiplicando os casos.O mais preocupante, é que a maioria das adolescentes não tem o costume de procurar o médico, mesmo quando já são sexualmente ativas.
Elas só procuram, quando a doença dá sinais, como corrimento ou verrugas.No Brasil, estima-se que 3% das mulheres infectadas pelo vírus poderão desenvolver câncer de colo uterino. Além de um tratamento doloroso, que pode incluir até a retirada do útero, a doença pode voltar a qualquer momento, mesmo depois de tratada.
Da mesma forma que se expõem ao HPV, as meninas também estão suscetíveis a outros tipos mais graves de doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, além do risco de uma gravidez indesejada.
Para todas as mulheres sexualmente ativas, recomenda-se visitas regulares ao ginecologista, pelo menos uma vez por ano, para a realização do exame preventivo, o Papanicolau, capaz de detectar o HPV.
A doença pode causar infertilidade, e até mesmo levar à morte. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de colo do útero é responsável por cerca de quatro mil mortes por ano no país.
As infecções no cólo de útero, além de mais freqüentes em adolescentes, têm aumentado em todas as faixas etárias, e com mais gravidade.
Um estudo desenvolvido por pesquisadoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fiocruz detectou que, entre os exames feitos em mulheres adultas (com idade igual ou superior a 20 anos), 5,6% revelaram alguma alteração no colo do útero. Já entre as adolescentes (de 10 a 19 anos), esse percentual chegou a 9%.
Mas o tipo de lesão varia de acordo com a idade. Na faixa de 10 a 19 anos, prevaleceram as lesões de baixo grau, com menor chance de evoluir para câncer. Lesões mais graves atingiram, sobretudo, mulheres com idade igual ou superior a 20 anos.
Para evitar surpresas desagradáveis os patologista recomendam alguns exames:
Exames que detectam infecções, doenças e anemias:
- VDRL: Detecta a sífilis possibilitando o tratamento.
- Hemograma completo: Avalia anemias e alterações de glóbulos brancos e plaquetas.
- Clamídia - (chlamydia trachomatis): Identifica a doença que é sexualmente transmissível e de grande prevalência e que pode provocar infecções oculares, urogenitais, linfogranuloma venéreo e proctites.
- Sorologia para a hepatite: Detecta a infecção pelos vírus B e C, permitindo encaminhamento a especialista no caso de infecção e indicando vacina do tipo B nos casos de sorologia negativa.
- HIV: Exame que detecta a infecção pelo vírus HIV, de importância fundamental
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fonte:JB online,Fiocruz,Ministério da Saúde

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