O INCA, através de seu Serviço de Pesquisa Clínica, lançou na última semana de abril o Grupo Multidisciplinar para o Estudo do Linfoma Folicular (GELINFO). O GELINFO é formado por profissionais do Instituto que atuam tanto na área da assistência (Oncologia Clínica, Hematologia, Divisão de Patologia) como no âmbito da pesquisa básica e translacional (Serviço de Pesquisa Clínica e Centro de Transplante de Medula Óssea) sobre linfomas.Coordenado pelo pesquisador Gustavo Stefanoff e pela oncologista Adriana Scheliga, do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital do Câncer I - unidade hospitalar de maior complexidade do INCA - o objetivo do grupo é estabelecer um fórum multidisciplinar de discussão e estudo para entendimento do linfoma folicular e propiciar as condições para o desenvolvimento de projetos de pesquisa na área básica e clínica. O grupo promove reuniões mensais toda última quarta-feira do mês, com apresentações de especialistas e discussões de artigos científicos.Os linfomas não-Hodgkin constituem um grupo heterogêneo de neoplasias hematológicas (tipos de câncer que acometem os sistemas sanguíneo e imunológico) dentre os quais, o linfoma folicular é o mais comum entre os tipos chamados indolentes (25% dos casos). De acordo com Stefanoff, esta neoplasia representa um desafio clínico para os médicos, devido à necessidade de se identificar mecanismos biológicos envolvidos no desenvolvimento e/ou na progressão do tumor que possam ser utilizados para desenhar novas estratégias terapêuticas.Neste contexto, desde o ano passado está sendo conduzido um estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do INCA (CEP), o primeiro a propor uma abordagem retrospectiva sobre os fatores biológicos e clínicos com valor prognóstico em pacientes com linfoma folicular tratados na instituição no período de 1996-2006. “Com este projeto esperamos gerar dados que nos permitam conhecer o comportamento clínico dos nossos pacientes (resposta ao tratamento e sobrevida) e entender melhor os mecanismos moleculares envolvidos na origem e evolução da doença, analisando não apenas a célula tumoral, bem como as sub-populações celulares do micro-ambiente tumoral”, afirmou Gustavo Stefanoff. “Acreditamos que esta iniciativa poderá fortalecer o INCA. Em primeiro lugar, pela integração dos profissionais da saúde que atuam nas diferentes áreas (oncologistas, patologistas, biólogos, enfermeiros, etc.) e sobretudo pelas possibilidades de consolidar a liderança da instituição em estudos multidisciplinares com teste de novas drogas terapêuticas”, concluiu o coordenador do GELINFO.
fonte:Inca
Um comentário:
Que bom que existem instituições como o INCA, a Abrale e outras, para levar informação - e esperança - para pacientes de linfoma/leucemia e outros tipos de câncer, por que se fôssemos esperar algo do governo e do sistema público de saúde já teríamos perdido muitos queridos.
Dizem que o tratamento do SUS é excelente e completo, mas não tem capacidade de atender nem a 1/3 dos doentes. Alguns de seus hospitais se tornaram especialistas, já outros desconhecem até mesmo o que é um linfoma. E mais, faltam recursos modernos: a lista de remédios não é atualizada há mais de 10 anos. Ou seja, os principais tratamentos e que garantem uma melhor qualidade de vida e até a pausa nas quimios, como rituximabe, não estão nas listas do SUS.
Enquanto o povo aceitar o que o SUS tem a oferecer, ele vai continuar homicida, levando a vida para pouquíssimos.
Um abraço,
JLineu
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