O Papilomavírus Humano (HPV na sigla em inglês) é conhecido por causar lesões conhecidas por verrugas ou “crista de galo”, que se não tratadas podem se transformar em câncer de colo de útero. Estima-se que 30% da população apresente a contaminação pelo vírus. Entretanto, um estudo comprovou incidência bem maior em adolescentes com idade entre 10 e 19 anos, nas quais a infecção chegava a até 50%, a partir de dados referentes ao período de 1999 a 2005.
Trata-se de uma pesquisa realizada na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com o Instituto de Ginecologia (IG) da UFRJ. De acordo com Michele Pedrosa, ginecologista do IG e membro dessa equipe, o aumento da prevalência de HPV entre adolescentes está relacionado a modificações no comportamento sexual. Nas últimas décadas, foi observado nesse grupo um início precoce de atividade sexual e também um aumento no número de parceiros.
A pesquisa teve início com a análise de um banco de dados contendo registros de citologias cervicais (também conhecidas por exame de Papanicolau) realizadas em mulheres do Rio de Janeiro. Através dessas informações, provenientes do Instituto Nacional do Câncer (INCA), foi feita uma análise de 1.500.000 citologias, das quais 10% foram obtidas de jovens com idade entre 10 e 19 anos. Os dados do estudo mostraram que em 1999 a prevalência de lesões citológicas associadas ao HPV foi de cerca de 6%. Enquanto que no ano de 2005 esse percentual se aproximou de 12%.
—Comparou-se o percentual de exames alterados nesse grupo com o percentual de exames alterados em mulheres de 20 anos em diante. Posteriormente foram identificadas as adolescentes cujas citologias apresentavam lesão pré-maligna do câncer de colo do útero. Em seguida foram avaliadas as características dessas jovens e o acompanhamento realizado em unidade de referência, tendo como base os prontuários dessas adolescentes nesses centros, — relata Michele.
Prevenção
Uma maneira de prevenir a infecção é a redução do número de parceiros, já que a medida diminui a exposição ao vírus. Segundo Michele, o uso do preservativo (masculino ou feminino) não protege contra a infecção pelo HPV. Entretanto isso não significa que a sua utilização não traga benefícios, já que a ginecologista também frisa que a camisinha pode reduzir a taxa de progressão para lesões pré-neoplásicas (que antecedem o câncer do colo do útero).
—Comparou-se o percentual de exames alterados nesse grupo com o percentual de exames alterados em mulheres de 20 anos em diante. Posteriormente foram identificadas as adolescentes cujas citologias apresentavam lesão pré-maligna do câncer de colo do útero. Em seguida foram avaliadas as características dessas jovens e o acompanhamento realizado em unidade de referência, tendo como base os prontuários dessas adolescentes nesses centros, — relata Michele.
Prevenção
Uma maneira de prevenir a infecção é a redução do número de parceiros, já que a medida diminui a exposição ao vírus. Segundo Michele, o uso do preservativo (masculino ou feminino) não protege contra a infecção pelo HPV. Entretanto isso não significa que a sua utilização não traga benefícios, já que a ginecologista também frisa que a camisinha pode reduzir a taxa de progressão para lesões pré-neoplásicas (que antecedem o câncer do colo do útero).
Atualmente existe ainda a possibilidade de vacinação. Apesar de eficaz, a vacina protege somente contra dois ou quatro (dependendo do laboratório fabricante) subtipos de HPV, que apresenta mais de 100 subtipos. No entanto, “estudos internacionais demonstram que cerca de 70% dos casos de câncer de colo uterino estariam relacionados a dois dos vírus contemplados pela vacina”, esclarece a médica.
Ela chama atenção ainda para duas questões a serem consideradas. A primeira diz respeito ao exame preventivo periódico, que não deve deixar de ser realizado mesmo que a mulher já tenha sido vacinada. A segunda se refere ao ponto de vista da saúde pública. “É preciso que se saiba se os subtipos mais relacionados ao desenvolvimento de câncer em uma determinada localidade são os contemplados pela vacina, para assim estimar o real impacto da vacinação na população em questão”, alerta.
A princípio os exames devem ter intervalo de um ano, mas após dois exames com resultado normal o Papanicolau pode então ser realizado a cada três anos. O exame ginecológico, porém, deve ser todo ano e incluir avaliação das mamas, no intuito de cuidar da saúde da mulher como um todo.
O Ministério da Saúde possui diversas campanhas de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, muitas inclusive voltadas para adolescentes. “Contudo, a questão específica da infecção pelo HPV e o seu significado — a possibilidade de desenvolvimento de câncer do colo do útero — ainda é pouco trabalhada nesse grupo”, conclui Michele.
Por:Beatriz da Cruz - Olhar Vital(Comunicação UFRJ)
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Comentário:Mais de 90% das mulheres que apresentam câncer de colo de útero estiveram expostas ao HPV. Este é um fato preocupante, pois o câncer de colo uterino vem alcançando altas de taxas de morbi-mortalidade devido a um diagnóstico tardio.O uso de preservativo (camisinha) diminui a possibilidade de transmissão na relação sexual (apesar de não evitá-la totalmente). Por isso, sua utilização é recomendada em qualquer tipo de relação sexual, mesmo naquela entre casais estáveis. O fato do homem ter mantido relação sexual com uma mulher infectada pelo papilomavírus, não significa que obrigatoriamente ocorrerá transmissão da infecção. O INCA recomenda procurar um urologista que será capaz - por meio de peniscopia (visualização do pênis através de lente de aumento) ou do teste de biologia molecular (exame de material colhido do pênis para pesquisar a presença do DNA do HPV), identificar a presença ou não de infecção por papilomavírus.
Saiba mais e assista a vídeos informativos, no site da FEBRASGO - https://www.eviteocancer.com.br/index.asp
Saúde para todos nós
Gabriela
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