terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Coleta seletiva

Comunidades pobres do Rio terão programa de coleta seletiva


Em parceria com a organização não governamental (ONG) Viva Rio, a Fiocruz lança nesta terça-feira um programa de cunho social, voltado à coleta seletiva de resíduos sólidos em seu campus da Mata Atlântica, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, que irá atender a cinco comunidades da região (Caminho da Cachoeira, Sampaio Correia, Viana do Castelo, Faixa Azul e Remédios).
O programa terá duas vertentes, afirmou nesta segunda o gestor da diretoria de Administração da Fiocruz no campus da Mata Atlântica, William Keller de Rezende Lima. O material que for coletado no pavilhão agrícola da Fiocruz será transportado para o campus de Manguinhos. "Simultaneamente, o programa vai atender às comunidades localizadas dentro do campus, por meio de um trabalho já articulado com cooperativas", disse.
Os funcionários da Fiocruz e do Viva Rio envolvidos no programa receberão treinamento para aprender a separar e armazenar o lixo de forma correta, "para que a coisa funcione normalmente", disse Keller. Os materiais recicláveis externos ao campus da Mata Atlântica serão enviados à Cooperativa de Catadores CoopBarra.
O gestor de Meio Ambiente da Fiocruz, Tatsuo Shubo, disse que o programa que será desenvolvido no campus Mata Atlântica é pontual e difere do programa que a instituição implantou no campus de Manguinhos, na zona norte, por força do decreto presidencial 5.940/2006, que trata da coleta seletiva pelos órgãos públicos federais.
No campus de Manguinhos, o programa de coleta seletiva solidária de resíduos sólidos já conseguiu ter 42% de cobertura, em um ano e meio de implantação. A tecnóloga ambiental da Fiocruz Karina Santoro afirmou que isso significa que dez unidades da fundação já estão sendo atendidas pelo programa, envolvendo 50 departamentos e prédios que já efetuam a coleta de papel e papelão.
Karina Santoro disse que quando o programa atingir 100% de cobertura, será implantada a coleta de outro tipo de resíduo, como plástico, por exemplo. Isso deverá ser alcançado dentro de dois anos.
A área de Meio Ambiente da Fiocruz promove cursos e treinamentos para as equipes de limpeza. "Se a gente não qualificar, não adianta nada, porque eles são os agentes principais dessa coleta", disse Karina. No ano passado, o campus de Manguinhos consumiu 34 mil resmas de papel de escritório em dez unidades. Desse total, 17% foram encaminhados à reciclagem. Karina Santoro afirmou que a coleta efetuada desde 2008 superou 90 t de material encaminhado para reciclagem em uma empresa conveniada.
A ideia é ampliar, em 2010, o programa institucional de coleta seletiva solidária de resíduos sólidos aos demais campi da Fiocruz (Manguinhos, Expansão, Mata Atlântica, Instituto Fernandes Figueira e Laboratório Hélio Fraga, recentemente incorporado à Fiocruz).

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fonte:agência brasil

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