quarta-feira, 3 de junho de 2009

Saúde Pública


Apesar de o acesso a esgoto e água encanada ter crescido no Brasil na última década, comunidades isoladas como indígenas, quilombolas e membros de assentamentos agrários não são contados nas estatísticas. Um seminário PNUD foi realizado dia 07/05 em Brasília, para discutir formas de monitorar o atendimento sanitário nessas e em outras comunidades vulneráveis. O objetivo foi estudar como garantir a saúde nessas áreas mesmo com a dificuldade de levar a rede de esgoto.


O seminário "Acesso à Àgua e ao Esgotamento Sanitário: a Vulnerabilidade Social no Âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", ocorreu em Brasília, e reuniu membros do Ministério da Saúde, de universidades e de ONGs. O evento foi aberto a ouvintes. Além dessas populações isoladas, o serviço de água e esgoto em favelas e áreas de risco também seria estudado.


A iniciativa é parte de projeto do PNUD que quer incluir esses grupos no monitoramento da meta de esgoto dos ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a cumprir até 2015. Para o saneamento, a ideia é reduzir pela metade a proporção de pessoas que não têm acesso a água potável e a esgotamento sanitário.


No caso dos índios, pode até ser difícil interferir na relação cultural que alguns grupos criam com os rios. Já para os assentados e trabalhadores rurais, um problema seria acompanhar a situação de pessoas em acampamentos que se mudam.


Isso sem falar nas questões ambientais. Algumas das ações já implantadas atualmente dão preferência ao uso de fossas sanitárias onde não é possível fazer canalização.


Apesar de nem sempre numerosas, essas populações são mais vulneráveis e sofrem com problemas de saúde provocados pela má qualidade da água.Em 2005, a maior parte das internações de índios foi por doenças relacionadas à água. Menos de 20% da população indígena tinha acesso a esgoto no ano passado, de acordo com estimativa da FUNASA (Fundação Nacional de Saúde).


Muitas pessoas tem diarréias por beber da mesma água que é usada pelos animais dos cultivos. O impacto dessas comunidades no cumprimento dos ODM é grande, não só para contabilizar o estado de expansão das redes, mas porque são grupos vulneráveis, porque são pessoas que realmente correm riscos de saúde e de vida.


Fonte:PNUD Brasil

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