Aos 28 anos, a jovem Tatiana Medeiros Nunes Benvenut, que tem leucemia e está internada, conta com a solidariedade dos petropolitanos em uma campanha que será realizada no início de julho para identificar possíveis doadores de medula óssea. Casada e com dois filhos pequenos, ela descobriu há nove meses a doença que tem o transplante como única esperança de cura. “Ela vinha fazendo o tratamento contra a leucemia, mas há 20 dias teve uma recaída, foi internada e os médicos disseram que agora a Tatiana tem que fazer o transplante”, explica o marido Steiner Nets Teles Benvenut, que na tentativa de mobilizar a sociedade e tentar conseguir um doador para a esposa teve uma atitude inusitada. Acompanhado pelo filho de oito anos, Steiner expôs uma faixa em vias expressas do Rio, como a Linha Vermelha, Ponte Rio-Niterói e bairros da capital, contando o drama da família. “Nessa hora, não adianta correr atrás de dinheiro, é uma coisa que depende somente da solidariedade das pessoas. Então decidi fazer isso para chamar atenção das pessoas”, conta. Por onde passa, a faixa chama atenção pela mensagem, que é um pedido de solidariedade e uma declaração de amor à esposa. “Troco qualquer órgão do meu corpo por medula compatível com a da minha esposa. Só não posso trocar o meu coração porque a ela pertence”. Com o objetivo de chamar atenção da sociedade para a importância da causa, no próximo dia 20 Steiner, que é presidente do moto-clube Fúria Sobre Rodas, em Petrópolis, estará realizando em parceira com outros moto-clubes, uma motociata. “Está previsto que saiam de Petrópolis 170 motocicletas com destino ao HemoRio. Em Caxias, vamos encontrar outros grupos. A intenção é termos uma motociata com cerca de 340 motocicletas. Essas pessoas irão até a porta do HemoRio para se apresentarem como voluntárias”, conta. Na luta pela cura da esposa, Steiner conseguiu que uma equipe do HemoRio venha à cidade de Petrópolis, coletar amostras de sangue de possíveis doadores. “Conseguimos trazer a equipe pra cá, mas isso tem um custo alto, porque precisamos oferecer toda a infra-estrutura, como: transporte, alimentação e hospedagem da equipe. Já conseguimos o transporte, que será disponibilizado pelo Aroldo Nunes, do Doce Tentação; o restaurante Casadinho, na Rua Teresa, vai oferecer a alimentação do grupo; o Robson, do Jornal da Cidade, nos forneceu 40 mil panfletos para a divulgação da campanha, mas ainda estamos precisando da hospedagem”, disse Steiner. A coordenadora do Programa de Candidatos a Doadores de Medula Óssea, no Rio de Janeiro e assistente social do HemoRio, Regina Lacerda, que está coordenando a campanha, confirma que para que a equipe esteja em outras cidades é preciso que seja oferecida a infra –estrutura. Ele explica que cerca de 20 profissionais voluntários da equipe do HemoRio virão à Petrópolis para participar de dois dias de campanha e que o material para a coleta será disponibilizado pelo HemoRio. “Essa é a forma que trabalho surgiu da necessidade dos pacientes, de realizarmos a campanha na cidade dele. Teremos que ir à Petrópolis em alguns dias para conversar com a Secretaria de Saúde. A campanha será realizada durante dois dias e acredito que será muito boa”, disse , lembrando que o HemoRio esteve em Petrópolis em 2007 em uma campanha para uma criança e conseguiu coletar um número grande de amostras. Regina explica que no dia da campanha, são coletados apenas 4ml de sangue do candidato a doador e que o processo de doação de medula é simples. “No dia, coletamos apenas o sangue, como num exame simples, para identificarmos as características genéticas desse possível doador. No Registro de Doadores de Medula Óssea (Redome), os técnicos avaliam se existe a compatibilidade entre o candidato e algum paciente que precisa de doação. Se compatível, o candidato a doador é chamado para passar por outros exames e fazer a doação da medula.
A campanha deverá ser realizada nos dias 4 e 5 de julho, no Centro de Saúde. Podem ser candidatos a doador, pessoas com idade entre 18 e 55 anos, que sejam saudáveis. “Peço encarecidamente aos petropolitanos que nos ajudem, porque cada pessoa que se apresenta é uma chance à mais para minha esposa. Ela está internada, temos dois filhos que sentem muita falta da mãe, a Ágata, de dois anos e o Gabriel, de oito. Contamos com a solidariedade das pessoas para que nossa família seja restaurada”, diz Steiner.
Comentário:
O processo é simples, o doador entra no hospital um dia e sai no dia seguinte, lembrando que em 72 horas o organismo do doador já recompôs o material retirado .
O sofrimento desta família, é igual a de centenas de brasileiros que esperam um ato de amor de todos nós.
Saúde.
Gabriela Gonçalves
Cadastrada a 3 anos como possível doadora de Medula Óssea
Um comentário:
Um simples ato que pode salvar uma vida...
Lembro da Campanha de 2007, qdo cheguei ao Centro de Saúde p/ fazer a doação da amostra de sangue já não havia mais material p/ a coleta. Fomos instruídos a aguardar a divulgação de uma nova data, mas os agentes do HemoRio não voltaram, então fiquei sem fazer o cadastro.
Já vi os cartazes da nova campanha p/ a Tatiana em Petrópolis, e acho que deveria ser esclarecido que aquelas pessoas que já doaram as amostras de sangue em 2007 não precisam voltar novamente, já que estão cadastradas no REDOME (Registro Doadores de Médula Óssea), pois isso não geraria o tumulto que foi da última vez.
Que as pessoas se sensibilizem e compareçam.
Qualquer doação é um ato de Amor.
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