"O Coronel de Polícia Mário Sérgio Brito Duarte foi escolhido pelo secretário de segurança pública, delegado de Polícia Federal, José Mariano Beltrame, para ser o terceiro Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, no governo Sérgio Cabral (PMDB).
Mário Sérgio desde começo do governo vinha trabalhando diretamente com Beltrame e a sua escolha era dada como certa há muito tempo, desde que ele saiu da SESEG/RJ e foi para a presidência do Instituto de Segurança Pública, o único problema é que tiveram que primeiro promovê-lo ao posto de Coronel de Polícia, condição para o exercício do comando geral.(...).O novo comandante representa a assunção da geração que não lutou contra a dominação política da PMERJ orquestrada por Sérgio Cabral (PMDB), não se aliou nem aos 40 da Evaristos e nem aos Coronéis Barbonos, preferindo apostar nas benesses de ficar ao lado do governo, opção que parece vitoriosa, a vista desarmada, em face das promoções e das funções recebidas como prêmio.Um grande engano, como o tempo se encarregará de mostrar, na hora certa.
O novo comando nasce com o símbolo do distanciamento dos interesses institucionais, sobretudo, dos interesses da tropa e as primeiras declarações do Coronel de Polícia Mário Sérgio, sobre os salários famélicos, deixa isso bem claro, quando ele tentou sair da luta por melhores vencimentos, atribuindo erradamente o papel de protagonista ao secretário de segurança, que não é Policial Militar.
Apesar desse quadro amplamente desfavorável, temos que torcer para que Mário Sérgio consiga realizar um bom comando, pois a sociedade fluminense não suporta mais tanta violência, muito menos os milhares de assassinatos por ano.
E, o quê a população do Rio de Janeiro espera do novo comandante da Polícia Militar (...)?Certamente, espera que ele mude de opinião e assuma as negociações com Sérgio Cabral para a concessão do justo aumento salarial, na direção da equiparação salarial com a Polícia Militar do Distrito Federal (PEC 300/2008).Nada justifica que o Rio de Janeiro pague os piores salários do Brasil para os Policiais Militares, Bombeiros Militares e Policiais Civis;
No campo operacional, o povo fluminense espera que Mário Sérgio direcione as ações da Polícia Militar para as suas missões constitucionais: realizar o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública.E, para isso, que ele cobre do governador Sérgio Cabral (PMDB) a volta dos mais de 2.000 Policiais Militares que ainda estão desviados de função, fora da Polícia Militar em diferentes órgãos;
Esse retorno possibilitará a formação de 1.000 duplas de “Cosme e Damião”, policiamento a pé, que tanto agrada aos cidadãos fluminenses, que passam a conhecer os policiais do quarteirão. Nunca esquecendo, que o policiamento a pé é a forma consagrada da eficiência policial em todo o mundo civilizado;
Torce pelo desenvolvimento de um “programa de tolerância zero”, coibindo as ilegalidades (jogo dos bichos, transporte alternativo clandestino, máquinas caça-níqueis, etc) que funcionam ostensivamente em todas as ruas do estado, sinalizando para um envolvimento do poder público com a criminalidade organizada;
O povo não quer que o tráfico de drogas continue proliferando, porém, nesse sentido quer que a Polícia Federal, por sua vez, realize também as suas missões constitucionais: a prevenção e a repressão ao comércio de drogas ilegais e ao contrabando (de armas), atuando nas comunidades onde o tráfico de drogas se faz presente, fortemente armado;
Após pacificado o território, aí sim, a Polícia Militar implantará o policiamento ostensivo.Policial Militar não é “guerrilheiro urbano”;
A presença ostensiva nas ruas da cidade de homens e de viaturas é o grande desejo da população, para a transmissão de uma sensação de segurança, considerando que mais de 80% da população se declarou insegura no Rio de Janeiro;
O final de uma vez por todas na Polícia Militar do uso da tática do “tiro, porrada e bomba” que não apresenta nenhum efeito positivo, apresentando balas perdidas e milhares de mortes como resultados, ano após ano;
A valorização do homem – o patrimônio da PMERJ -, sem dúvida, pode ser relacionada como um dos principais anseios do povo fluminense, que precisa ter ao seu lado, servindo e protegendo, um profissional motivado, bem remunerado e com as melhores condições de trabalho;
O combate constante aos desvios de conduta praticados por Policias Militares também faz parte das reivindicações da sociedade fluminense, o que só é possível com uma Corregedoria Interna forte e atuante;
Dar prosseguimento aos Cursos de Assuntos Internos, objetivando profissionalizar os Policiais Militares da Corregedoria Interna, além da aquisição de tecnologia específica para a área de assuntos internos, são objetivos a serem alcançados pelo novo comando.Isso sem falar na implementação do Gabinete Geral de Assuntos Internos, já criado em decreto lei do governador e que ainda não saiu do papel. Inclusive com a estruturação da Diretoria de Assuntos Internos, que produzirá conhecimento na área correcional e promoverá a investigação de denúncias contra Comandantes, Chefes e Diretores;
O início da lavratura dos Termos Circunstanciados por Policiais Militares também é uma necessidade da população, que perde horas preciosas nas delegacias da Polícia Civil, apenas para registrar ocorrências que poderiam ter sido encerradas (fase policial) no próprio local da ocorrência. Assim, os Policiais Civis poderão dedicar mais tempo às investigações criminais de maior relevância;
Não permitir o ingresso de novos Policiais Militares, enquanto a questão salarial não estiver equacionada, conforme proposta contida no documento Pro Lege Vigilanda;
Alterar as legislações e os regulamentos afetos à Polícia Militar, considerando que todos estão desatualizados, causando sérios prejuízos para os Policiais Militares.A modificação do Estatuto e do Regulamento Disciplinar devem ser as prioridades;
Valorizar o processo ensino-aprendizagem, com cursos presenciais e com a implantação da educação continuada, pondo fim as ineficientes (quando realizadas) instruções de manutenção.O povo precisa de um Policial Militar capacitado para o exercício de suas missões constitucionais, que cultue e pratique o servir e proteger ao cidadão;
Lutar pela criação da pensão militar, bem como, pela volta do pagamento integral dos triênios dos Policiais Militares que ficaram inválidos em serviço;
Cobrar do governador a atualização da contrapartida governamental com relação ao nosso fundo de saúde, dívida da ordem de milhões de reais e que impede um melhor atendimento para os Policiais Militares e os seus familiares;
Por derradeiro, transparência é outro desejo da população, a Polícia Militar não pode se transformar em uma Instituição Policial refratária ao cidadão, o patrocinador do estado, que tem o direito de tudo saber.
O comando anterior não falava com a mídia, agindo dessa forma acabava por não informar ao povo, um verdadeiro absurdo no terceiro milênio e em um país que um dia pretende ser uma democracia.
JUNTOS SOMOS FORTES!"
Por:
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO
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Comentário:Quem viver,verá.Espero sinceramente que seja coisa boa.
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