A pílula do dia seguinte – no linguajar médico, pílula anticoncepcional de emergência ou contraceptivo de emergência – chegou ao Brasil em 1999. Em 2008, depois de muita luta, passou a ser distribuída gratuitamente em todos os postos de saúde da rede pública das capitais e de municípios com mais de 500 mil habitantes no Brasil.
“A aceitação é boa”, informa a área técnica do Programa de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde (MS). “É usada principalmente por mulheres de18 a 29 anos.”
As curetagens pós-aborto diminuíram. Em 2007, foram 213.539; em 2008, 199.998. Já os abortos legais – casos de violência sexual – não baixaram, quando olhamos os números de Brasil. Em 2007, somaram 2.128; em 2008, 3.277.
“As mulheres estão sendo mais orientadas a solicitar o aborto legal. Porém, ainda não utilizam o contraceptivo de emergência a contento”, avalia o MS, que dá uma boa notícia. “Em alguns municípios essa realidade está mudando. É o caso de Campinas. A ampla divulgação do serviço de saúde especializado, que orienta a procurá-lo dentro de 72 horas, ocasionou grande uso de contraceptivo de emergência; em conseqüência, redução dos abortos legais. Em 2008, foi ZERO.”
Milena *, 25, já usou: “Foi uma vez só. Eu estava sem parceiro há um tempo; aí, conheci um carinha, rolou um clima e transamos. No dia seguinte, me dei conta de que estava no meu período mais fértil. Apavorada, liguei para minha ginecologista. Tomei a pílula. Felizmente funcionou”.
Cláudia* , 34, recorreu ao medicamento em duas ocasiões: “Na primeira, escorreu um pouco de esperma na vagina; no final da relação sexual, meu parceiro demorou para tirar o pênis, e a camisinha escapou. Na outra, uns dois anos depois, estávamos só ‘brincando’. A idéia era não penetrar. Acabamos transando”.
Viviane*, 19, utiliza a pílula quase todo mês: “É mais prático do que tomar hormônio todo mês. Também não preciso ficar pedindo para o carinha usar camisinha. Se rola uma transa no período fértil, vou à farmácia no dia seguinte, compro a pílula e tomo”.
“A pílula do dia seguinte é uma grande conquista de nós, mulheres; permite que sejamos mais ‘donas’ do nosso próprio corpo e da nossa saúde reprodutiva, pois evita gravidez indesejada após relação sexual desprotegida ou violência sexual”, afirma a médica ginecologista e obstetra Fátima Duarte, de São Paulo. “Para isso, temos que usá-la a nosso favor, como fizeram a Milena e a Cláudia. Já a Viviane, está usando de forma errada, contra ela própria. Além dos efeitos colaterais, corre o risco de engravidar qualquer dia desses. O uso freqüente diminui a sua eficácia.”
A pílula do dia seguinte é aprovada pelo Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina (CFM), Organização Mundial da Saúde (OMS), Federação Brasileira das Associações e Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), International Planned Parenthood Federation (IPPF), Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), entre outras instituições nacionais e internacionais.
Fátima Duarte é ginecologista e obstetra. Ao longo de quase 30 anos de profissão, atendeu mulheres de todas as idades, diferentes etnias, culturas e níveis socioeconômicos em postos de saúde, hospitais públicos, privados e em seu consultório. Nesta entrevista ao Viomundo, ela responde às dúvidas mais frequentes sobre o tema.
“A aceitação é boa”, informa a área técnica do Programa de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde (MS). “É usada principalmente por mulheres de18 a 29 anos.”
As curetagens pós-aborto diminuíram. Em 2007, foram 213.539; em 2008, 199.998. Já os abortos legais – casos de violência sexual – não baixaram, quando olhamos os números de Brasil. Em 2007, somaram 2.128; em 2008, 3.277.
“As mulheres estão sendo mais orientadas a solicitar o aborto legal. Porém, ainda não utilizam o contraceptivo de emergência a contento”, avalia o MS, que dá uma boa notícia. “Em alguns municípios essa realidade está mudando. É o caso de Campinas. A ampla divulgação do serviço de saúde especializado, que orienta a procurá-lo dentro de 72 horas, ocasionou grande uso de contraceptivo de emergência; em conseqüência, redução dos abortos legais. Em 2008, foi ZERO.”
Milena *, 25, já usou: “Foi uma vez só. Eu estava sem parceiro há um tempo; aí, conheci um carinha, rolou um clima e transamos. No dia seguinte, me dei conta de que estava no meu período mais fértil. Apavorada, liguei para minha ginecologista. Tomei a pílula. Felizmente funcionou”.
Cláudia* , 34, recorreu ao medicamento em duas ocasiões: “Na primeira, escorreu um pouco de esperma na vagina; no final da relação sexual, meu parceiro demorou para tirar o pênis, e a camisinha escapou. Na outra, uns dois anos depois, estávamos só ‘brincando’. A idéia era não penetrar. Acabamos transando”.
Viviane*, 19, utiliza a pílula quase todo mês: “É mais prático do que tomar hormônio todo mês. Também não preciso ficar pedindo para o carinha usar camisinha. Se rola uma transa no período fértil, vou à farmácia no dia seguinte, compro a pílula e tomo”.
“A pílula do dia seguinte é uma grande conquista de nós, mulheres; permite que sejamos mais ‘donas’ do nosso próprio corpo e da nossa saúde reprodutiva, pois evita gravidez indesejada após relação sexual desprotegida ou violência sexual”, afirma a médica ginecologista e obstetra Fátima Duarte, de São Paulo. “Para isso, temos que usá-la a nosso favor, como fizeram a Milena e a Cláudia. Já a Viviane, está usando de forma errada, contra ela própria. Além dos efeitos colaterais, corre o risco de engravidar qualquer dia desses. O uso freqüente diminui a sua eficácia.”
A pílula do dia seguinte é aprovada pelo Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina (CFM), Organização Mundial da Saúde (OMS), Federação Brasileira das Associações e Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), International Planned Parenthood Federation (IPPF), Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), entre outras instituições nacionais e internacionais.
Fátima Duarte é ginecologista e obstetra. Ao longo de quase 30 anos de profissão, atendeu mulheres de todas as idades, diferentes etnias, culturas e níveis socioeconômicos em postos de saúde, hospitais públicos, privados e em seu consultório. Nesta entrevista ao Viomundo, ela responde às dúvidas mais frequentes sobre o tema.
por:Conceição Lemes
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