O Brasil passou a ter um aliado importante nas Nações Unidas na defesa de temas relacionados a direitos humanos e à discriminação por orientação sexual e identidade de gênero. A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) passou a ter status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social (ECOSOC) da ONU. É a primeira vez que uma organização LGBT de um país em desenvolvimento do hemisfério Sul consegue tal reconhecimento.
“A ABGLT vai poder apoiar o Brasil na agenda do tema junto aos blocos de países que compõem a organização”, observa Ângela Pires, assessora técnica do Centro Internacional de Cooperação Técnica em HIV/Aids (CICT). De acordo com Ângela Pires, os países membros precisam debater o impacto da homofobia na saúde para enfrentar a vulnerabilidade dessas populações frente às epidemias de DST e aids. “A epidemia concentrada é um desafio para o Brasil e outros países da América Latina”, diz.
A ABGLT pretende atuar na defesa dos direitos de pessoas LGBT contra a criminalização da homossexualidade, dentre outras causas inerentes à diversidade sexual.
Para o presidente da ABGLT, Toni Reis, o apoio recebido da missão do governo brasileiro e de instituições do Brasil como o Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde, permitiu levar o movimento LGBT a essa instância.
O ECOSOC já havia negado o reconhecimento à ABGLT por três vezes. A iniciativa de ONG LGBT se candidatar ao status consultivo se iniciou em 2006, e de lá para cá apenas oito organizações LGBT conseguiram. Com a exceção da ABGLT e uma organização canadense, as demais são todas européias.
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