domingo, 17 de maio de 2009

Documentário passa a limpo a polêmica em torno de Wilson Simonal...(já comprei meu ingresso)


Por Anna Virginia Balloussier


Wilson Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei - retoma a história de um dos músicos mais populares que o Brasil já teve; "Errar faz parte da essência humana", diz Max de Castro, filho do cantor acusado de "dedo-duro da ditadura"
Wilson Simonal costumava ser o Pelé das rádios. Mas acabou chutado para as últimas divisões da música brasileira.Na década de 1960, fez e aconteceu: regeu um coro de 30 mil pessoas no Maracanãzinho, estádio do Rio de Janeiro, com o sucesso "Meu Limão, Meu Limoeiro", levou com um pé nas costas dueto com a sempre intimidante diva do jazz Sarah Vaughan e gozou de popularidade que só encontrava rival à de Roberto Carlos.A partir de 1970, no entanto, sua carreira desancou ladeira abaixo. E desceu o fundo do poço. Lá ficou até a morte do cantor, em 2000, aos 62 anos. Em 1971, um episódio nefasto, que lhe salpicou com a pecha de "dedo-duro da ditadura", fez com que a breve menção de seu nome disparasse sirenes entre a classe artística. Outrora amado pelas massas, encontrou o fim da linha justamente quando todo um novelo de sucessos ainda estava para se desenrolar à sua frente.Com estreia hoje nos cinemas brasileiros, o documentário Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei, codirigido por Cláudio Manoel (sim, o "Seu Creysson" de Casseta e Planeta), Micael Langer e Calvito Leal, quer ver essa história passada a limpo - e não em nuvens brancas. E, em 84 minutos, vai atrás do vespeiro que, por quase quatro décadas, ninguém fez questão de cutucar. Seja para ver se dali saía o mel de um dos músicos mais populares que o país já teve, seja para encontrar o fel de um colaborador do regime militar, num momento em que vários artistas iam parar no saguão do aeroporto, rumo ao exílio, ou, pior, nos porões do DOPS, o temível Departamento de Ordem Política e Social.

Um comentário:

Ferra Mula disse...

Simonal foi a maior vitima do preconceito e da inveja.