terça-feira, 16 de junho de 2009

Quimioterapia não é mais um bicho de 7 cabeças

Encarar sessões de quimioterapia sem alterar a rotina, tornou- se uma atitude cada vez mais comum entre pacientes que precisam passar por mais essa etapa do tratamento de câncer. A quimioterapia pode ocorrer antes ou depois da cirurgia para retirada de um tumor ou quando não há necessidade de operar. A reação aos medicamentos durante o tratamento varia de acordo com o organismo, com o tipo de tumor e o estágio no qual ele se encontra, o que, naturalmente, influencia as condições de saúde do paciente.
Segundo Daniel Herchenhorn, chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tratamento vem passando por uma desmistificação. “Não é que a quimioterapia tenha ficado mais branda. O que mudaram foram as pessoas”, explica. “As drogas estão menos tóxicas, sim, e o tratamento, menos agressivo. Só que algumas pessoas ainda têm a ideia de que a quimioterapia é uma sala de tortura. Tudo depende do entendimento do paciente de que se trata de um processo transitório.” O médico acredita que os motivos para as mudanças de atitude no paciente estão relacionadas com o avanço dos medicamentos que aliviam os efeitos colaterais, como náusea, vômito e fadiga (ocorrido nos últimos dez anos), a maior difusão de informações sobre o câncer e a importância da quimioterapia, o acesso mais amplo aos serviços de saúde, o que propicia que o diagnóstico seja feito mais cedo, e, com isso, aumenta a possibilidade de cura.
Maior parte dos pacientes volta a trabalhar no dia seguinte a uma sessão (de duração variável, podendo ser de minutos a várias horas).Até 15 anos atrás, as pessoas vomitavam muito e isto melhorou muito,por exemplo. Apesar das mudanças, a palavra “câncer” ainda é omitida por muitos doentes. No entanto,um câncer de intestino ou um linfoma em fase inicial, por exemplo, têm até 90% de chance de cura.Na enfermaria e no ambulatório do Instituto Nacional do Câncer (Inca), psicólogos buscam esclarecer que câncer não mata - necessariamente.Toda pessoa que é diagnosticada entra em desespero.Mostra-se que a vida vai continuar.Pacientes são encaminhados quando médicos, enfermeiros ou assistentes sociais percebem traços de ansiedade, depressão ou resistência ao tratamento.O medo de morrer é natural. Quando o atendimento faz efeito, as pessoas somem, o que é ótimo. Isso acontece porque elas passam a dar prioridade a outros aspectos da vida.
Saúde para todos nós
Gabriela
Ajuda para artigo:Inca e Abril.com

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